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Índice de idosos frágeis em SP quase dobra


envolverde.com.br - 13.04.10

Índice de idosos frágeis em SP quase dobra em dois anos, diz pesquisa

Por Desirée Luíse


Nos últimos dois anos o índice de idosos que fazem parte do chamado grupo fragilidade passou de 25% para 46% na cidade de São Paulo (SP). Esta é uma das conclusões da pesquisa Saúde Bem-Estar e Envelhecimento (Sabe) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP), que entrevistou aproximadamente 600 pessoas com mais de 75 anos da capital paulista. Na população mundial, o número de idosos frágeis está entre 7% e 10%.

Fragilidade é uma condição clínica que deve incluir pelo menos três dos seguintes fatores: perda de peso; fadiga; diminuição nas atividades físicas; diminuição da força de preensão manual (sentir-se fraco para carregar objetos, por exemplo); e andar mais devagar.

“É preciso estar atento para perceber os primeiros sinais dessa condição. Dimensionar os frágeis pode nos fazer repensar as práticas em saúde para, assim, reverter o número alto da pesquisa. O indivíduo não é frágil, ele se torna frágil”, afirma a professora da FSP e coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Lebrão.

Segundo o estudo, a fragilidade tem como consequências o aumento das hospitalizações, quedas, dificuldades em atividades diárias, inserções em asilos e casas de repouso, e óbitos.

Os resultados da pesquisa sugerem ações preventivas como um acompanhamento mais intensivo de idosos obesos, com doenças crônicas ou hospitalizações recentes. Além disso, a pesquisadora ressalta que é preciso qualificar melhor os profissionais que atendem os idosos: “temos que repensar nossa prática social em saúde de uma forma geral. Ter um olhar mais global sobre o idoso e não tratar simplesmente a hipertensão e ponto”.

Aumento do número de idosos

Pensar também na reorganização da sociedade de forma a considerar mais os idosos, faixa etária que mais tem crescido nos últimos anos, é outro ponto destacado pela professora.

Atualmente, o Brasil possui cerca de 19 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa cerca de 10% da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estimativas do órgão indicam que o contingente atingirá 32 milhões em 2025, quando o país será o sexto em número de idosos no mundo.

Pela projeção da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a população idosa vai superar a de crianças e jovens em até 14 anos. “Isso é extremamente preocupante. As famílias hoje têm um filho apenas. A questão é quem vai cuidar do idoso? No momento, o Estado tem jogado toda a responsabilidade para as famílias”, avalia a pesquisadora.

Estatuto

Mesmo com o Estatuto do Idoso vigorando desde 2003, as políticas públicas direcionadas a esta população são tímidas, de acordo com Maria Lúcia. Seria preciso que a família e o Estado se unissem para formular ações mais incisivas.

O presidente Lula sancionou em janeiro, a lei que institui o Fundo Nacional do Idoso, criado para financiar programas e ações pelos direitos desta população. De acordo com a lei, as pessoas físicas que contribuírem com o fundo podem deduzir até 1% do imposto de renda. “Toda a ajuda é bem-vinda. No entanto, é preciso cautela para que o Estado não se ausente ainda mais do seu dever com esse tipo de ação”, alerta a professora.



(Envolverde/Aprendiz)

http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=72714&edt=9

Envolverde/Aprendiz

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