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Diplomacia cidadã para a construção da paz


www.envolverde.com.br - 03.05.10

Diplomacia cidadã para a construção da paz

Por Josep Mayoral Antigas*


Granollers, abril/2010 – Todos os atores são necessários para a construção da paz, e cada um deve realizar seu próprio papel. Estamos convencidos de que os governos locais, a administração mais próxima da cidadania, têm um papel fundamental no fomento da paz e no entendimento entre as diferentes culturas.

Como trabalhar pela paz a partir dos municípios? Promovendo a convivência, o respeito à diferença e a resolução pacífica dos conflitos dentro da própria cidade, juntamente com um claro compromisso na ação externa. Construir a paz no âmbito local significa fomentar a coesão social, promover os valores cívicos e prevenir os conflitos. E articular uma estratégia de relações exteriores, de trabalho em rede com outras cidades, coerente com as próprias políticas municipais. Contando com um ativo imprescindível: a cidadania. Articulando políticas com a sociedade civil. Porque a cidade é, necessariamente, um projeto coletivo.

Em um mundo global, necessitamos pensar e agir local e globalmente ao mesmo tempo. Nas cidades trabalhamos na busca por soluções para problemas globais considerados fundamentais, como as migrações, a mudança climática ou a sustentabilidade ambiental. Problemas globais que se manifestam em escala local, que das municipalidades temos enfrentado, buscando soluções criativas e inovadoras, adaptadas a cada caso, a situações diversas.

Algumas destas soluções são dadas pela própria natureza dos governos locais. Estes partem de uma singularidade que faz com que possam agir de maneira específica na construção da paz, tanto dentro do próprio município como nas relações internacionais, fato que completa a ação de outros agentes. As cidades fornecem flexibilidade para uma adaptação melhor e mais rápida a cada circunstância, a singularidade – porque cada cidade é diferente e pode desenvolver soluções próprias –, a capilaridade – que permite chegar a pontos onde outros organismos não podem –, e a complementaridade com outras cidades, com as políticas regionais ou estatais.

Um fator indispensável é a ampliação da cidadania por meio de suas redes como um valor agregado, bem como a capacidade de personalizar as políticas de cooperação, para torná-las mais próximas, e atuar em rede ganhando força. E, evidentemente, a proximidade, porque as políticas surgem da relação direta com as pessoas, da resolução dos problemas expressos pela cidadania. Porque o futuro deve inscrever-se a partir da proximidade. É, portanto, no municipalismo, nas atuações dos governos locais, que as estatísticas se humanizam e se convertem em pessoas.

A capacidade de resposta e a experiência acumulada situam os governos locais em uma posição fundamental para o trabalho em rede com outras cidades, que permite o intercâmbio de experiências e de boas práticas bem como aprofundar no conhecimento das demais realidades. Por isso, é preciso avançar neste caminho, na busca por soluções para problemas comuns. Devemos nos dotar de marcos de trabalho conjunto, ressaltando o papel das cidades e estabelecendo mecanismos que garantam a participação do mundo local na tomada de decisões internacionais.

Nesse sentido, a diplomacia municipal oferece às cidades e à cidadania a possibilidade de participar de uma nova maneira nas relações internacionais. Um espaço para trabalhar, juntamente com os governos dos Estados, organismos internacionais e organizações da sociedade civil na construção da paz.

Um exemplo de trabalho em rede é uma das maiores organizações municipalistas, a Mayors for Peace (Prefeitos pela Paz). Liderada por Hiroxima e Nagasaki, conta com adesão de mais de 3.600 cidades de 135 países e regiões de todo o mundo. É uma agrupação de cidades que trabalham pela paz e pelo desarmamento em dois níveis: colaborando com governos e organizações internacionais para conseguir compromissos globais que nos permitam avançar para um mundo mais justo e em paz (por meio do progresso rumo aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio ou promovendo o desarmamento em todas as

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