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Ilustradores botânicos


www.envolverde.com.br - 06.05.10

Ilustradores botânicos

Por Sônia Araripe, da Plurale


As exuberantes fauna e flora brasileiras da época do descobrimento e do período colonial puderam ser preservadas até hoje pelos traços de grandes ilustradores, como Rugendas, Tunay e Debret. O que pode parecer trivial, tem um valor cultural e científico muito relevante: ilustradores botânicos têm papel essencial na descoberta de novas espécies e na preservação de outras em extinção. A partir do delicado e minucioso trabalho destes artistas, a natureza tem maiores chances de ser preservada.

Em homenagem ao centenário de nascimento de uma das maiores pesquisadoras da riqueza da flora brasileira, a inglesa Margaret Mee, em 2009, com vários eventos ainda ocorrendo, Plurale em revista homenageia a dedicação destes abnegados profissionais. Margaret Mee imortalizou em suas obras algumas espécies antes pouco conhecidas e mostrou ao mundo a riqueza da flora verde-e-amarela. Chegou ao país em 1952 e viajou por diversos biomas – principalmente pela Amazônia e Mata Atlântica - para registrar, com sua inconfundível arte, toda a diversidade de belas orquídeas, bromélias e outras espécies. Faleceu em 1988 deixando um legado até hoje estudado e visitado.

Deixou gravada sua paixão pelo planeta e pela preservação da natureza. “Eu sei que minha morte não será o fim do meu trabalho. Onde quer que eu for, tentarei influenciar aqueles que estão destruindo nosso planeta. Assim a Terra terá uma possibilidade de sobreviver”.

Profissionais dedicados- E como é o trabalho de ilustrador botânico no século 21, em plena era cibernética? Ouvimos três experientes e gabaritados profissionais com muitos anos de estrada: a mineira Belkiss Radicchi Alméri, a carioca Dulce Nascimento e o paulista Rogério Lupo. Apesar de histórias diferentes, em comum, o trio tem estudado bastante nesta especialização e traz a mesma disposição para se debruçar sobre um trabalho ainda pouco reconhecido no Brasil e, por isso mesmo, mal remunerado.

“Quando morei em Londres, por ter ganho uma bolsa de estudos em Kew Gardens, pude confirmar como os estrangeiros dão muito mais importância para esta nossa atividade”, conta Dulce Nascimento, integrante do Conselho da Fundação Botânica Margaret Mee e referência em sua área, com diversos trabalhos espalhados nas mãos de admiradores no Brasil e pelo mundo. Seus trabalhos estão expostos nos palácios de Buckingham (Inglaterra), Real de Madri (Espanha) e Palácio Real de Oslo (Noruega), tendo sido presenteados pelo governo brasileiro aos chefes de Estado desses países.

Professora de ilustração botânica, com 22 anos atuando nesta área, ela tem sido procurada por muitos estrangeiros residentes no Brasil interessados em ter aulas. “Talvez estimulados pela beleza e riqueza de nossa flora e pela cultura que trazem desde crianças em saber admirar esta arte em seus países. Apesar da sofisticação esta é uma atividade democrática e pode ser absorvida por qualquer um que tenha interesse”, assegura.

Em campo - Belkiss, 51 anos, já era artista plástica consagrada até começar na atividade há cerca de cinco anos pelas mãos da filha, Cândida, bióloga formada pela Universidade Federal de Minas Gerais. “A dedicação é fundamental porque nos é exigido rigor técnico para a representação de detalhes, visando a clareza de informações para que as imagens comuniquem o que está escrito”, explica Belkiss. Algumas vezes ela precisa ir a campo para “mergulhar” de corpo e alma na natureza. Foi assim recentemente, quando esteve na região dos arredores de Araxá (MG).

Dulce também viaja muito, como para ilustrar a Mata Atlântica ou a Amazônia. Há 12 anos realiza uma viagem com seus alunos para a Amazônia por uma semana – pelo Rio Negro e Anavilhanas – ensiando técnicas, o improviso do trabalho em campo e o convívio com a dinâmica da floresta e seu povo.

Já ilustrou várias novas espécies, como as sete que a Vale cadastrou há dois anos e batizou em homenagem a “imortais”, com ações relevantes pela preservação do meio ambiente: foram eleitos pelo voto popular um para cada região do país, c

http://envolverde.com.br/materia.php?cod=74026&edt=40

Plurale

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