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Europa em crise aos 60 anos


www.envolverde.com.br - 18.05.10

Europa em crise aos 60 anos

Por Joaquín Roy*

Miami, maio/2010 – Neste mês, a União Europeia completa 60 anos. Há algumas décadas, ser sexagenário representava ter cruzado o umbral da velhice. Hoje, é simplesmente a entrada em um terceiro ato da vida, profissional e pessoal, na qual não se pode permitir ao luxo de fazer ridículo e se comportar como um adolescente ou um arrogante quarentão. Aos 60, é preciso ser sério e responsável. A União Europeia (UE) deve estar à altura dessa idade.

No dia 9 de maio de 1950, Robert Schuman, ministro de Assuntos Exteriores da França, surpreendeu os jornalistas reunidos no Salão do l’Horloge, do Quai d’Orsay, com um anúncio que somente alguns intuíram como revolucionário. Schuman, lendo com precisão o roteiro de Jean Monnet, se comprometeu em colocar as indústrias do carvão e do aço nas mãos de uma instituição independente. Assim convidava a Alemanha a aceitar o desafio, ao mesmo tempo em que estendia a oferta ao restante dos países europeus, que apenas saíam do pesadelo e da autodestruição da Segunda Guerra Mundial.

O resultado dessa insólita proposta foi a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca), fundada em 1951, predecessora da Comunidade Econômica Europeia (CE), que junto com a Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euroatom) formou o germe da definitiva Comunidade Europeia (CE), implementada pelo Tratado de Roma de 1957. Pelo Tratado de Maastricht de 1992, o modesto órgão original se transformou na União Europeia atual, com 27 membros, uma vez que desde 2004 incorporou uma dezena de países durante décadas sob a influência soviética.

Mas a UE, ao completar 60 anos, está aparentemente em crise, apesar de recentemente ter aprovado o Tratado de Lisboa, criado para dar maior flexibilidade às suas instituições e reforçar sua ação no exterior, mediante a criação de uma presidência estável e de um cargo semelhante ao de ministro de Assuntos Exteriores. Esta reforma coincidiu com uma das mais graves crises econômicas do continente, que ameaça afetar o tecido social europeu, com graves consequências para sua estrutura política.

Entre os culpáveis detectados pela crise está o euro, a moeda comum compartilhada por 16 países da chamada “zona do euro”, enquanto outros desejam aderir e uma minoria ainda resiste. A realidade é que, pela primeira vez na recente história mundial, uma moeda se converteu em uma alternativa ao dólar para as transações financeiras e como unidade de depósito. O euro é um dos símbolos políticos mais palpáveis da integração europeia.

O euro foi apontado como bode expiatório de quase todos os erros, reais e imaginados, que desembocaram em alguns níveis de desemprego escandaloso, cifras de déficit estatal que se antevê como indigestos e uma dívida insustentável. O euro tem a culpa, já que com sua adoção os países se automutilaram, enterrando suas liras, marcos e francos (além de outras moedas de menor valor). É o obstáculo legal que não permite aos governos manobrar como nos velhos tempos mediante a tática de avestruz, como a impressão de dinheiro adicional ou desvalorização das moedas. Contudo, a desintegração da zona do euro significaria um golpe de morte à UE.

A crise que ataca a medula do processo de integração tem outras causas que não são menos importantes do que os próprios erros (e as fraudes) financeiros. A primeira é a carência da liderança. A atual está anos luz atrás da que cimentou, em 1950 e 1957, o nascimento da integração europeia. A indecisão dos dirigentes de hoje e a queda em perigosas tentações populistas são o freio para encontrar o remédio. Olha-se para o eleitorado, fascinado por soluções de curto prazo diante de sintomas tão graves como os dos anos 20, que levaram ao holocausto generalizado. Os egoísmos nacionalistas substituíram a solidariedade e a coesão interna que se propuseram eliminar as diferenças regionais. A prova é a ambivalência tardia diante do desastre orçamentário grego e os que se veem acima em outros países do sul da Europa e Irlanda.

O curioso é que a causa principal é precisamente o “morrer de êxit

http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=74683&edt=1

IPS

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