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Escolas particulares de SP pioraram em quatro anos


www.estadao.com.br - 06.07.10

Escolas particulares de SP pioraram em quatro anos, diz avaliação do MEC

06 de julho de 2010

Luciana Alvarez, Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo


A rede privada de ensino do Estado de São Paulo teve piora nas médias do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para a 8.ª série do ensino fundamental e ensino médio na comparação entre 2005 e 2009. A nota da rede privada do País como um todo se manteve estagnada nessas mesmas etapas. Apenas no primeiro ciclo do ensino fundamental, da 1.ª à 4.ª série, foi registrado progresso tanto em São Paulo quanto no Brasil.


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Os dados divulgados ontem pelo MEC e compilados pelo Estado mostram que, em 2005, as escolas particulares paulistas haviam obtido nota 5,8 no ensino médio. Quatro anos depois, o Ideb caiu para 5,3, ficando abaixo da meta estipulada pelo MEC, que era de 5,9. No mesmo período, a média dos colégios privados no Brasil se manteve em 5,6 e não chegou à meta para 2009.


A rede privada de São Paulo também caiu e não conseguiu cumprir a meta para a etapa de 5.ª a 8.ª série. Ficou com 6,0, quando a meta era 6,5. Quatro anos antes, as escolas haviam alcançado média 6,3. Desde 2005, a média nacional cresceu 0,1, passando a 5,9. O índice desejado pelo MEC era de 6,0.

Especialistas em educação consideram os dados extremamente preocupantes. "É grave porque a rede privada tem condições de promover um ensino melhor", afirma Maria Helena Guimarães de Castro, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e ex-secretária de Educação do Estado de São Paulo.

"Uma das vantagens dos colégios particulares é terem mais liberdade para adequar o projeto pedagógico ou demitir um professor que não se adapte, por exemplo", afirma a professora. "Os dados mostram que as escolas precisam prestar mais atenção à qualidade de seu ensino."

Para Maria Helena, porém, o desempenho fraco, mesmo na rede particular, não surpreende. Ela lembra que os resultados brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) apontavam para isso. "As escolas privadas, que têm o melhor desempenho no Brasil, são inferiores às piores escolas dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)."

Concessões aos clientes. A professora Sílvia Colello, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), acredita que uma das razões para a falta de evolução no indicador é o fato de as escolas particulares terem de fazer muitas concessões para não perder os alunos. "É sempre difícil equilibrar a necessidade real para o aprendizado com as demandas dos alunos-clientes", explica. "Para segurar o aluno, muitas vezes a escola acaba sendo omissa, hesita em punir, em cobrar."

Rede heterogênea. Para alguns especialistas, uma das possíveis razões para a queda do Ideb entre as escolas privadas paulistas é a heterogeneidade da rede.

"Temos de desdobrar os dados para entendermos melhor o que está acontecendo, mas o fato é que a rede particular não é homogênea. Nesse sentido, ela é mais complexa que a pública", afirma Oscar Hipólito, ex-diretor do Instituto de Física e Química da USP de São Carlos.

Ele minimiza a queda nas médias de 2009, em relação às de 2005. "Esperamos que elas melhorem como no fundamental I, que está muito bem."

Romualdo Portela de Oliveira, professor da Faculdade de Educação da USP, concorda. "As médias podem encobrir realidades muito distantes. A rede é muito diferenciada", explica. Ele também aponta outras possibilidades. "Escolas privadas de qualidade ruim podem ter tido um peso maior, puxando as notas para baixo."

A assessoria do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), entidade que representa cerca de 10 mil escolas particulares, não conseguiu contato com o presidente José Augusto de Mattos Lourenço para uma declaração oficial sobre o Ideb.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100706/not_imp576870,0.php

Jornal O Estado de São Paulo

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