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Sexta-Feira , 26 de Abril de 2024
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Ética e multimídia


www.envolverde.com.br - 16.07.10

Filósofo pede humildade pedagógica na utilização da multimídia nas escolas

Por Luiz Sugimoto, da Unicamp


Ética e multimídia. Foi este o tema escolhido pelo filósofo Mario Sergio Cortella para a conferência de abertura do 5º Seminário Nacional “O Professor e a Leitura do Jornal”, na Unicamp. “Nenhum professor, seja da escola pública ou da privada, está preparado para trabalhar com as diferentes mídias atuais. Quando o Brasil foi penta na Copa de 2002, não existia a palavra ‘blog’; hoje é criado um blog por minuto. São plataformas novas, que trazem novas formas de pensar, a fim de não confundir informação com conhecimento. Precisamos ter a humildade pedagógica de quem começa a aprender sobre a questão. A velocidade é alta e estamos apenas no início da estrada”.

Na opinião de Cortella, docente da PUC-SP, os processos escolares não devem se adaptar às inovações e sim integrá-las ao seu cotidiano. “Adaptar é postura passiva, enquanto que integrar pressupõe metas de convergência. As tecnologias mais recentes podem fazer parte do trabalho pedagógico escolar desde que utilizadas como ferramentas a serviço de objetivos educacionais que estejam antes claros para a comunidade e que a ela sirvam. Tecnologia em si não é sinal de mentalidade moderna; o que moderniza é a atitude e a concepção pedagógica e social que se usa”.

O filósofo, que participa do seminário na Unicamp desde as primeiras edições, insiste na visão de que a tecnologia não é uma mera ferramenta. “Ela é instrumento político de ação, à medida que interfere na vida da sociedade. Não há neutralidade no uso de qualquer tecnologia, seja de natureza ideológica, científica ou preconceituosa. Isso significa que é preciso proteger a utilização da tecnologia com princípios éticos – e o mais importante deles talvez seja a preservação de uma convivência coletiva decente, aquela que não diminui a vida alheia”.

Mario Sergio Cortella defende o amparo da tecnologia por valores éticos para evitar o que chama de biocídio – o assassinato da vida nas suas múltiplas formas. “A tecnologia, por ser também ferramental (embora não exclusivamente), pode ajudar a proteger a vida no seu conjunto, ou então contribuir para a sua destruição, com o falecimento do futuro, a desertificação da esperança e a anulação de uma história. E o professor, para amparar a tecnologia, deve ter três qualidades: generosidade mental, repartindo o que sabe; coerência ética, praticando o que ensina; e humildade intelectual, perguntando o que ignora. Assim, a tendência será de que o biocídio fique longe do nosso horizonte”.

Três dias de atividades

O seminário nacional, que começou nesta quarta (14) e vai até sexta-feira no Centro de Convenções, é organizado pela Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, em parceria com a Associação de Leitura do Brasil (ALB), Rede Anhanguera de Comunicações (RAC) e Associação Nacional de Jornais (ANJ). “Registramos em torno de 500 inscrições, principalmente de Campinas e região, mas também do restante do país. É um público muito gratificante para a organização. São três conferências, nove mesas-redondas, 111 trabalhos nas sessões de comunicação e dez oficinas com várias temáticas”, informa Norma de Almeida Ferreira, docente da FE e presidente da ALB, que coordena o evento .

Segundo a coordenadora, os principais objetivos desta 5ª edição, sob a temática “Educação mídia e formação docente”, são promover o diálogo do jornal com outras mídias tendo como horizonte o processo de formação dos professores e a prática pedagógica; e incentivar o debate sobre conteúdos e modos de produção, veiculação e recepção da mídia nos espaços escolares. “A mídia é uma instituição que não apenas informa, ela também forma. Daí, a importância de conhecer a função e as tecnologias da mídia para seu uso tanto na formação do docente como nas atividades dos alunos em sala de aula”.

Unicamp na rede de ensino

Presente à cerimônia de abertura, o professor José Tadeu Jorge, ex-reitor da Unicamp e atual secretário da Educação de Campinas, ressaltou a contribuição do seminário para a quali

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