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Debates sobre a formação de professores rurais


www.estadao.com.br - 02.08.10

Observatório de Educação no Campo debate a formação de professores

Por Francisco Brasileiro, da UnB


Mais da metade dos educadores rurais não possuem formação mínima para exercer a profissão. Observatório de Educação no Campo debaterá soluções para o problema.

Dados do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República mostram que mais da metade dos 300 mil professores de Educação Básica que ensinam em comunidades rurais do Brasil não têm formação superior. A má formação dos docentes influi no baixo rendimento dos alunos que, sem perspectivas, buscam melhores condições de desenvolvimento nos centros urbanos. Sessenta professores de comunidades rurais de todo o país aprendem no curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade de Brasília (LEdoC) como levar uma educação de qualidade integrada ao contexto em que vivem. Essas experiências serão tema do Observatório de Educação no Campo, que acontece nos dias 4, 5 e 6 de agosto, no Centro de Excelência em Turismo (CET) da UnB.

A cada semestre, os alunos vêm de sete estados para 45 dias de aulas teóricas em tempo integral. “São membros de assentamentos e comunidades tradicionais que buscam condições melhores de educação”, explica a professora Mônica Molina, coordenadora do curso. As despesas da viagem e hospedagem são custeadas pelo Ministério da Educação (MEC). “Ainda assim é um sacrifício enorme para essas pessoas, pois elas ficam esse tempo todo sem renda e têm que compensar no resto do ano”.

Pesquisadores, educadores e estudantes de nove universidades brasileiras discutirão propostas como essa no Observatório de Educação no Campo. “O objetivo é socializar informações vindos de vários cursos do Brasil voltado para indivíduos do campo”, afirma Molina, coordenadora do evento. Acontecerão simultaneamente no Observatório o III Encontro Nacional de Pesquisa em Educação do Campo, o III Seminário sobre Educação Superior e as Políticas para o Desenvolvimento do Campo Brasileiro e o I Encontro Internacional de Educação do Campo.

Na primeira etapa, chamada de Tempo-Escola, a integração de várias áreas diferentes do conhecimento é a palavra de ordem. “As aulas são planejadas coletivamente pelos professores para que os conteúdos estejam todos relacionados”, conta a pedagoga Anna Izabel Barbosa, professora do LEdoC. A experiência pessoal dos estudantes também é valorizada. “Incorporamos as questões que os estudantes trazem das realidades locais ao aprendizado”, conta Anna. Os alunos hospedam-se em prédio alugado próximo a Faculdade UnB Planaltina, onde acontecem as aulas.

A segunda fase do curso é o Tempo-Comunidade. Neste momento, os alunos levam o que aprenderam para as escolas. “Incentivamos inclusive que a experiência educativa não se limite aos muros da escola”, conta Anna. Segundo a professora, a cultura nas regiões rurais já privilegia a transmissão informal do conhecimento. “Nós também acompanhamos esse processo. Os professores do LEdoC realizam visitas em todas as localidades”.

O LEdoC é formado por três turmas. Uma delas reúne estudantes residentes em Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Moradores do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. O próximo período de Tempo-Escola começará no próximo dia 20 de agosto, mas cinco alunos do curso estarão em Brasília para o evento.



(Envolverde/UnB Agência)



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