DORINA NOWILL E O DIREITO DE LER |
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www.ultimosegundo.ig.com.br - 31.08.10 |
DORINA NOWILL E O DIREITO DE LER
Jorge da Cunha Lima
Conheci a Dorina Nowill desde pequeno. E ficava espantado. Como uma moça cega podia ir à escola, estudar e fazer tanta coisa? Depois casou, como qualquer um, com um advogado e tinha uma vida normal. Teve mais filhos do que os meus pais.
Mais tarde reencontrei Dorina. Já era uma líder. Queria dar aos cegos o maior instrumento de sua identidade e de sua cidadania. LER.
Ler. Fez a Fundação do Livro do Cego. Era incansável. Buscou recursos de todos os lados e depois dela o cego começou a ler no Brasil. Lutou ainda pela inserção do cego em todas as categorias da vida. Nunca fez disso política pessoal. Pensava nos outros e na sociedade.
Em toda minha vida nunca encontrei a Dorina sem que ela me reconhecesse e perguntasse dos meus pais. Nunca vi a Dorina sem um sorriso nos lábios. Por isso mesmo quase não reparava nos seus olhos. O sorriso era dominante naquele rosto cheio de esperança. Naquela vida cheia de esperança.
Foi a pessoa mais relevante que conheci. Depois dela fiquei sabendo de outras, Madre Tereza de Calcutá, Mandela etc., mas de perto foi ela mesmo.
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