Analfabetismo cai entre os jovens |
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www.ultimosegundo.ig.com.br - 17.09.10 |
Analfabetismo cai entre os jovens e cresce entre os mais velhos
De 1999 a 2009, taxa recuou 5,5 pontos entre os mais jovens. Analfabetismo funcional atinge 40% da população rural
Marina Morena Costa, iG São Paulo
Nos últimos 10 anos, a taxa de analfabetismo entre jovens com 15 a 24 anos recuou de 10,1% para 4,6%, segundo detalhamento de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O movimento inverso foi observado na outra ponta, entre os mais velhos, com 60 anos ou mais: em 1999, 34,4% não sabiam ler nem escrever, em 2009 a taxa aumentou para 42,6%.
Os dados desenham o perfil dos 14,1 milhões de analfabetos brasileiros (9,7% da população do País). Entre as pessoas analfabetas com 15 anos ou mais, 58,8% são pardas, 30,2% são brancas e 10,2% são pretas.
Mais da metade da população que não sabe ler nem escrever vive na região Nordeste do País: 7,3 milhões (52,1%). A segunda região com mais analfabetos é a Sudeste, com 3,5 milhões (25,4%), seguida da Sul (8,4%) e da Norte (8%). A região brasileira com menos analfabetos é a Centro-Oeste, com 840 mil pessoas nestas condições (5,9%).
A maioria dos analfabetos brasileiros é formada por pessoas com rendimento mensal familiar per capita inferior ou igual a um salário mínimo. São 29,6% nessas condições, sendo que 16,4% tem meio salário mínimo de renda familiar. Entre os que ganham mais de dois salários mínimos, a porcentagem cai bastante, para 1,4%.
Analfabetismo funcional
Como as informações divulgadas da Pnad já haviam apontado, o maior problema educacional brasileiro está na zona rural. Segundo os dados liberados nesta sexta-feira, 40,7% da população rural é analfabeta funcional, ou seja, não consegue compreender o que lê. Na área urbana, a porcentagem é de 16,7% de analfabetos funcionais.
Dos 20,3% de analfabetos funcionais da população brasileira, 56,9% vivem com renda mensal familiar igual ou inferior a um salário mínimo, sendo que 31% têm renda inferior a meio salário mínimo. O analfabetismo diminui conforme aumenta a renda da família: entre os que ganham mais de dois salários mínimos, 5,3% não compreendem o que leem.
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