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Classes de alfabetização: mais alunos adultos


www.ultimosegundo.ig.com.br - 20.09.10

Classes de alfabetização ganham mais alunos adultos

IBGE mostra que matrículas aumentaram em 3,7 pontos percentuais de 2008 para 2009, especialmente entre população de 40 a 59 anos

Priscilla Borges, iG Brasília


As classes de alfabetização foram mais procuradas pelos brasileiros que estavam longe dos bancos escolares e decidiram voltar aos estudos em 2009. Dados da Síntese de Indicadores Sociais divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que meio milhão de pessoas com mais de 15 anos de idade frequentavam no ano passado aulas em todo o País para aprenderem a ler e a escrever.


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A proporção é maior do que a de 2008. Naquele ano 21,7% dos 2,1 milhões de jovens e adultos que frequentavam escolas que oferecem educação básica a quem não a concluiu na fase correta estavam em classes de alfabetização. Em 2009, o percentual saltou para 25,4%. O número global de atendidos nas turmas da alfabetização e da Educação de Jovens e Adultos – o antigo supletivo – não mudou muito: caiu de 2.157.000 em 2008 para 2.107.000 em 2009.

É provável que esse leve aumento na matrícula nas classes de alfabetização justifique parte da queda das taxas de analfabetismo do País. A avaliação é do conselheiro César Callegari, do Conselho Nacional de Educação (CNE). “É importante lembrar que, após dez anos de garantia de acesso ao ensino fundamental, se produz menos analfabetos. Outra parte é a demanda dos adultos que, a cada ano, têm a percepção que a entrada no mercado de trabalho e a própria vida em sociedade hoje exige essa escolarização”, defende.

Callegaria ressalta, no entanto, que a demanda por escolaridade é grande, mas pouco percebida por secretários de educação de estados e municípios. “Não é raro ouvirmos de secretários que eles estão fechando escolas que oferecem Educação para Jovens e Adultos (EJA), por falta de demanda. Essa é uma percepção errada. A demanda é latente, mas não está se apresentando porque não acreditam que valha a pena voltar para a escola. Eles já a experimentaram e viram que é inadequada às suas necessidades”, afirma.

O conselheiro defende grandes reformas nos programas de escolarização oferecidos aos adultos de todo o País. Para ele, materiais didáticos, mobiliário escolar e metodologias de aulas são infantilizadas. “Se olharmos a quantidade de analfabetos funcionais do País, temos uma clientela em potencial para a EJA enorme. Há uma demanda crescente por isso também, mas o retorno à escola é quase humilhante e faz com que eles desistam de novo”, lamenta.

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que garante recursos para financiar a educação no País, também prevê recursos para a EJA. Carlos Sanches, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), ressalta que os municípios têm feito esforços para ampliar as matrículas de jovens e adultos tanto nas turmas de alfabetização, quanto de ensino fundamental e médio na modalidade.

Em 2009, 41,8% dos 2,1 milhões brasileiros com mais de 15 anos que voltaram à escola para concluir a educação básica estavam nas classes do ensino fundamental e 32,8% no ensino médio. Analisando os estudantes matriculados por faixa etária, a única que obteve crescimento em relação a 2008 foi a dos brasileiros de 40 a 59 anos. Eles representavam 26,5% dos adultos que voltaram à escola em 2008 e, em 2009, eram 28,7% do total.

A população de 25 a 39 anos diminuiu de 37,1% em 2008 para 35,8% no ano seguinte e os estudantes com mais de 60 anos passaram de 7% para 6,2% do total de matriculados na EJA. A maioria dos alunos se declarou de cor parda (54,6%), 35,3% eram brancos e 9,5%, pretos. A proporção se manteve a mesma entre os mais jovens, com i

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