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As pedras da Lua e a biocivilização


www.envolverde.com.br - 24.09.10

As pedras da Lua e a biocivilização

Por Dal Marcondes, da Envolverde


O desenvolvimento de uma economia limpa, baseada em ciência e biodiversidade pode representar para o século XXI o mesmo salto civilizatório que a conquista da Lua representou para o século XX.

Em 1961 o presidente Jonh Kennedy lançou um desafio à sociedade americana, levar um homem à Lua e trazê-lo de volta em segurança. Mais do que isso, o feito deveria ser realizado antes do final da década. Em 1963 Kennedy foi assassinado, mas os Estados Unidos seguiu em frente e se lançou em um dos mais importantes desafios para o processo civilizatório de um dos tempos mais prolixos em realizações, o século 20. Em 20 de julho de 1969 a nave espacial Apollo 11 estabeleceu um novo marco na história humana. Pela primeira vez um ser humano pisa em um território que não pertence ao Planeta Terra. De lá foram trazidos 385 quilos de pedras, nas diversas missões Apollo, que ainda aguardam estudos mais detalhados por parte dos cientistas. “Muito dinheiro dos contribuintes para nada”, disseram conservadores e jornais da época.

Kennedy, ao lançar o desafio certamente não estava pensando no valor científico ou econômico do que seria encontrado na Lua. Estava, na verdade, estabelecendo metas para um grande salto tecnológico, que tirou o mundo de um cenário restrito do pós-guerra, para lançá-lo em um real processo de transformação científica, tecnológica e de globalização. Da decisão tomada em 1961 surgiu toda uma nova perspectiva planetária a partir do desenvolvimento de computadores menores e mais eficientes, tecnologias de comunicação, satélites, microships, universalização do acesso à internet e às telecomunicações em geral.

A sociedade e a economia que emergiram desta decisão é mais rápida, trabalha com mais informação e saber e é educacionalmente mais qualificada do que tudo o que havia existido antes. Claro que não conseguiu resolver todos os problemas e mazelas da humanidade, teve uma parte expressiva de suas tecnologias destinadas a usos militares e criou novos problemas. No entanto, é inegável que mudou o mundo.

Seria possível continuar a linha de tempo sem os avanços da micro-computação e sem os saltos da tecnologia da informação? Certamente que sim. No entanto o novo padrão científico e tecnológico se espalhou de forma capilar e estrutural pelo mundo, o que criou novos cenários e novas oportunidades de geração de conhecimento, empregos, renda e riqueza não mais limitados a porções geográficas do “mundo ocidental”.

Nesta primeira década do século XXI surge um novo desafio, enfrentar as mudanças climáticas de forma criativa e com grande capacidade de transformação para a humanidade como um todo. Da mesma forma que a conquista da Lua foi um fator decisivo para a transformação civilizatória do final dos anos 90, a busca de conhecimento, ciência e tecnologias para o desenvolvimento de uma economia limpa, eticamente comprometida e includente sob o ponto de vista de acesso a bens e serviços é o fator que vai alavancar o crescimento da oferta de riquezas nos próximos anos, bem como sua distribuição de forma mais justa.

Manter os mesmo parâmetros de desenvolvimento, sem mudar os usos e costumes da economia não vai levar a humanidade muito além de onde chegou. A estabilidade do business as usual não oferece os desafios necessários para que empresas, governos e pessoas se superem em busca de horizontes mais amplos para cada um destes atores.

A biocivilização preconizada pelo economista Ignacy Sachs, uma mente brilhante a serviço de construir e propor hipóteses de desenvolvimento realmente inovadoras, é, sem dúvida, a transformação necessária para a criação de desafios capazes de mobilizar as forças extraordinárias do mercado e da sociedade em direção a um modelo econômico não planetariamente antropofágico.

Sachs acredita que a produção e usos de biomassas podem alavancar uma modelagem econômica com novas empresas e novas tecnologias, com mais distribuição de renda pelo trabalho e com uma imensa capacidade de regeneração de biomas e ecossistema

http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=71927&edt=2

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