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Opinião: desastres são resultado da ação humana


www.envolverde.com.br - 19.11.10

Desastres são resultado da ação humana, dizem palestrantes

Por Lara Haje, da Agência Câmara

O assessor do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social Ivo Poletto afirmou que grande parte dos desastres socioambientais hoje resulta da ação do homem em sua relação com o planeta. No seminário da Comissão de Direitos Humanos para debater medidas de prevenção, atendimento e reparação de prejuízos e direitos violados em consequência de desastres socioambientais, Poletto disse que é preciso descontruir o mito de que os desastres são inevitáveis e resultados de eventos naturais. “A ação humana está provocando desequilíbrios”, destacou.

O representante da Associação Brasileira de Organiazações Não Governamentais (Abong) Yvo Lesboupin também destacou as consequências maléficas da ação humana sobre a natureza. “Ou mudamos a nossa concepção de desenvolvimento ou teremos cada vez mais desastres”, disse. Segundo ele, a atual noção de desenvolvimento tem provocado o esgotamento dos recursos naturais ou sua utilização em velocidade que eles não podem se renovar.

Migração
Segundo Poletto, dos 250 milhões de pessoas em migração no planeta, 50 milhões são “migrantes por razões climáticas” - ou seja, pessoas que buscam novo lugar para se viver já que, no antigo lugar, não há mais condições de vida. Ele cita o exemplo de habitantes de ilhas fadadas a desaparecer, porque há uma elevação progressiva da água dos oceanos. A previsão do palestrante é de que, dentro de 25 a 30 anos, haja 500 milhões de migrantes climáticos. “O Brasil deve ser área de migração, pois somos um país que, relativamente, temos uma população pequena para seu vasto território”, afirmou.

O palestrante disse ainda que se multiplicam eventos de enchentes e de secas, às vezes na mesma região. “Aquilo que talvez um longo tempo na história era um evento extraordinário hoje quase se torna o cotidiano em algumas regiões, sem trégua”. Ele cita o exemplo do estado do Rio Grande do Sul, onde no mesmo ano ocorre às vezes enchentes e secas. Já em Santa Catarina teria havido situação de enchente e seca ao mesmo tempo dentro do estado.

Poletto criticou mudança no Código Florestal, em ánalise na Câmara (PL 1876/99), que, em sua opinião, vai permitir desmatamento maior, o que tornaria as enchentes ainda mais devastadoras para as comunidades.

O seminário prossegue no Plenário 9.

Edição – Wilson Silveira



(Envolverde/Agência Câmara)



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Agência Câmara

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