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Renda baixa dificulta matrícula e alfabetização


www.envolverde.com.br - 05.12.10

Renda baixa dificulta matrícula e alfabetização, diz estudo

Por Sarah Fernandes, do Aprendiz


As crianças de famílias que vivem com até um quarto de salário mínimo por pessoa têm mais dificuldade de se matricular na escola e de aprender a ler do que as de famílias com mais de cinco salários per capita. A avaliação é do Relatório de Metas do Movimento Todos pela Educação, que foi divulgado nessa quarta-feira (1/12), em São Paulo (SP).

Nas famílias com até um quarto de salário mínimo, 86,7% das crianças 4 a 17 anos estavam matriculadas na escola em 2009, segundo o levantamento. O percentual aumenta conforme a renda, chegando a 97,9% na faixa mais alta (mais de cinco salários por pessoa).

As crianças com menor renda entram na escola depois das demais, por volta dos 4 anos, e saem antes, aos 17, segundo o relatório. “A educação explica e reforça as desigualdades. Ela ainda não conseguiu ser uma política compensatória”, avaliou a coordenadora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.

As crianças de famílias mais pobres também encontram mais dificuldades de alfabetização, aponta a pesquisa. Apesar de não haver um indicador específico para isso, ela traz o percentual de crianças de 9 anos que concluíram a segunda série, subtendendo que a retenção está relacionada às dificuldades de leitura.

Na faixa de renda mais baixa, 43,9% das crianças foram aprovadas contra 80,4% na mais alta. “Muitas dessas crianças são filhas de pais que não tiveram acesso à educação e isso gera um impacto muito grande na vida escolar. Quanto mais escolarizados os pais, mais escolarizados serão os filhos”, afirmou a secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar.

“A desigualdade social é muito grave. Devem ser implantadas políticas que combatam o problema para que as crianças possam frequentar a escola, com mais oportunidades e menos dificuldades”, afirmou a secretária. “A escola não consegue combater o problema sozinha. Ela forma cidadãos com mais possibilidades de progresso, mas não resolve a concentração de renda”.

A relação entre renda e frequência escolar também foi observada no ensino médio. Apenas 17,2% dos jovens com até 19 anos das famílias com um quarto de salário per capito concluíram o ensino médio, contra 93,6% nas famílias com mais de cinco salários por pessoa.

“É preciso avaliar nosso modelo escolar e aproximá-lo das necessidades atuais. Nesse contexto, é fundamental ampliar os espaços educativos e o tempo de permanência na escola, para no mínimo sete horas”, afirmou Pillar.

Relatório

Essa é a terceira edição do relatório "De Olho nas Metas", publicado anualmente pelo Movimento Todos pela Educação, a fim de analisar a evolução do sistema educacional brasileiro.

Além disso, divulga o monitoramento das cinco metas do Movimento, que devem ser atingidas pelo país até 2022: toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; todo aluno com aprendizado adequado à sua série; todo jovem com o Ensino Médio concluído até os 19 anos; e investimento em Educação ampliado e bem gerido.



(Envolverde/Aprendiz)



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