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Auschwitz quer passar a ter missão de educar


www.ultimosegundo.ig.com.br - 01.03.11

Auschwitz quer passar a ter nova missão de educar visitantes

Museu estatal local busca ampliar foco para deixar de ser mero exibidor de memórias do Holocausto

The New York Times |


Por quase 60 anos, Auschwitz contou sua própria história, moldada nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial. Ela se desenrola, sem adornos e, sobretudo, inexplicável, na exposição de cabelos, sapatos e outros vestígios dos mortos. Passado o notório e provocante portal, nos prédios de tijolos que compunham o antigo quartel do acampamento do Exército polonês que os nazistas capturaram e converteram em prisões e câmaras de morte, os visitantes se transformam em testemunhas através do que veem em exposição.

Agora, os encarregados de passar adiante o legado desse acampamento insistem que Auschwitz precisa de uma atualização. Sua história precisa ser contada, de uma maneira diferente em uma era diferente. Em parte, a mudança tem a ver com a simples passagem do tempo, remodelar uma exposição envelhecida. Mas também é devido às pressões do turismo e sobre as mudanças das gerações. O local mais visitado e o maior cemitério de judeus e não judeus da Polônia precisa explicar-se melhor, afirmam seus funcionários.


Uma nova exposição no Museu Estadual Auschwitz-Birkenau, que ocuparia alguns dos mesmos prédios, irá manter os cabelos e outros vestígios, que já se tornaram ícones indissociáveis de Auschwitz, como o crematório e as linhas ferroviárias. Mas a exposição terá início com uma seção de esclarecimento sobre como funcionava o campo de concentração, uma instituição burocrática nazista alemã, de acordo com sobreviventes que explicaram seu funcionamento na década de 50 - tema já praticamente inexistente na exposição atual.

Naquela época, eles queriam apagar seus torturadores da memória, como os nazistas tentaram apagá-los, então eles disseram o mínimo possível em sua exposição sobre os alemães, que haviam concebido e executado o campo. Eles se concentraram na condição das vítimas em massa, mas não destacaram histórias individuais ou testemunhos do tipo que se tornaram comuns em museus mais modernos, como dispositivos para traduzir números incompreensíveis de mortos em pessoas reais, dando aos visitantes as histórias pessoais e personagens com quem possam se relacionar. As pilhas, incluindo próteses, malas e assim por diante, também ressaltaram a escala do abate no momento em que o mundo ainda não havia compreendido e se recusava a admitir o que realmente tinha acontecido aqui.

Guerra

Marek Zajac, editor de uma revista polonesa de 31 anos de idade que trabalha como secretária do Conselho Internacional de Auschwitz, destacou: "As pessoas que visitaram depois da guerra, já sabiam o que havia sido essa guerra, em primeira mão. Elas tinham passado por isso. Assim, a história de uma única morte não necessariamente as comovia, porque elas tinham visto tanta morte na família e nas ruas, então o que chocava era a escala das mortes em Auschwitz”.

A nova exposição iria descrever o processo de extermínio, levando os visitantes passo a passo pelo que as vítimas passaram, e terminando com uma seção sobre a vida no campo, ou seja, a "desumanização diária e a tentativa de manter a própria humanidade", disse Piotr Cywinski, 39 anos, diretor do Museu Estadual Auschwitz-Birkenau. "Se conseguirmos, iremos mostrar pela primeira vez todas as escolhas humanas que as pessoas enfrentavam em Auschwitz", ao explicar que seu papel é mostrar atos e decisões humanas que ocorreram em situações extremas ali, assim como a diversidade de pensamento e raciocínio por trás das decisões e suas consequências. "Poderemos fazer perguntas como: a mãe deveria dar sua criança para a avó e ir para a seleção sozinha, ou levar a criança com ela? Essa era uma escolha real, sem uma boa solução, mas em Auschwitz você tinha de fazer essa escolha".

Um prédio antes usado em experiências de esterilização, um dos poucos que permanecem quase intactos desde a guerra, poderá ser reaberto, e um novo centro de visitantes construído para substituir o pequeno espaço usado hoje pa

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/auschwitz+quer+passar+a+ter+nova+missao+de+educar+visitantes/n1238116154455.html

The New York Times

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