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Aprendendo com o lado direito do cérebro


www.envolverde.com.br - 10.03.11

Aprendendo com o lado direito do cérebro

Por Anna Carol Mello*, do As Boas Novas


Por Tão genial quanto provocador, Albert Einstein dizia ser "um milagre que a curiosidade sobrevivesse à educação formal". E o milagre está se tonando cada vez mais raro. Pelo menos é o que diz um grupo de pensadores dos Estados Unidos preocupado com uma "crise de criatividade" detectada por lá.

Educadores, designers, artistas, publicitários e diretores de fundações para o ensino norte-americanos acreditam que a crise de criatividade pela qual passam diversos adultos é resultado do sistema de educação que não forma seres humanos pensantes e criativos, capazes de resolver com jogo de cintura os problemas apresentados ao longo da vida. No mês passado, eles decidiram agir para mudar o cenário e convocaram diversos setores da sociedade ligados à indústria criativa para participar de um desafio de inovação, batizado de "No right brain left behind" (nenhum lado direito do cérebro deixado para trás, em tradução livre).

"O poder de uma ideia pode transcender guerras, política, raças e economias. Esperamos que essa colaboração venha para demonstrar a habilidade que nossas mentes criativas de ponta têm de fazer frente aos desafios onde o pensamento convencional falha", diz a declaração do time, assinada por inovadores como o professor especializado em teorias da criatividade, Mark A. Runco, da Universidade da Georgia, e a coordenadora do TED, Juliette LaMontagne. O que eles veem é uma escola que confunde inteligência com acúmulo de informações.

No desafio, cada equipe tinha que criar projetos que pudessem ser inseridos no programa educacional norte-americano e contribuíssem para o desenvolvimento do lado direito do cérebro, ou seja, das capacidades de invenção e intuição. Na última semana, foram divulgados os programas escolhidos na primeira seleção. Lúdicos, coloridos e convidativos, os programas são mais do que ferramentas formais de ensino. São práticas que estimulam o pensamento intuitivo, baseadas em diversas propostas pedagógicas.

Outro jeito de pensar e de fazer

O método norte-americano “aulas e provas” é bem parecido com o brasileiro e o europeu. Nesse sistema, a racionalidade e capacidade de organizar têm mais valor (provas como o vestibular, por exemplo, privilegiam essas habilidades). Elas são comandadas pelo lado esquerdo do cérebro, aquele que dá conta de análises e expressões verbais, e usa números, símbolos e palavras. Quase esquecido pela escola, o lado direito é o que trata da percepção e da intuição, da compreensão imediata - como quando se reconhece o rosto de um amigo, ou se identifica o ritmo de uma música. É ele o responsável pelos impulsos criativos, pelas ideias brilhantes que se acendem de repente - impossível não pensar na imagem batida de uma lampadazinha surgindo sobre a cabeça. É o lado direito o que provoca o fluxo de pensamentos ou ações sem um objetivo específico, mas que podem resultar em invenções fantásticas ou em novas soluções para problemas conhecidos.

O que educadores daqui e de lá consideram ideal são alunos capazes de equilibrar as habilidades dos lados direito e esquerdo. Quando não têm as qualidades do lado direito suprimidas, as crianças se tornam adultos críticos e criativos. Partidário dessa ideia, o professor e arquiteto Dalton de Luca, ensina a desenhar com o lado direito do cérebro. “Não é uma questão de entender a teoria. É uma atividade que torna a criação livre de um compromisso com o resultado e da crítica sobre o que vai para o papel. Para os adultos, condicionados a trabalhar com o lado esquerdo, é difícil no começo", diz ele, explicando que, quando o aluno desenha uma flor sem a preocupação de que o rabisco pareça uma flor, a atividade acontece com desprendimento, abre um canal para a criação.

Quando lecionava na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, era justamente essa a dificuldade: como orientar os alunos na hora em que o trabalho dependia da criatividade. Foi então que começou a se enveredar pela teoria e a desenvolver um método próprio. Desligado da facu

http://envolverde.com.br/materia.php?cod=87733&edt=34

As Boas Novas

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