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Quinta-Feira , 25 de Abril de 2024
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Opinião: Professor deve agregar valor à tecnologia


'Professor deve agregar valor à tecnologia', diz consultor de ensino

Para o especialista colombiano Diego Leal, docentes devem usar redes sociais como ferramenta de ensino

Luciana Alvarez - O Estado de S.Paulo

A caminho do Brasil para participar de um congresso sobre redes sociais aplicadas à educação, o consultor colombiano Diego Leal diz que o primeiro passo para que professores e escolas aproveitem melhor o potencial da tecnologia é reconhecer que o conhecimento não reside em apenas uma pessoa. O objetivo é, portanto, fortalecer cada um dos nós da rede. Mas Leal não acredita que essa nova estrutura ameace o papel do docente, que deve encontrar formas criativas de agregar valor às práticas tecnológicas dos seus alunos.

Como a conexão por redes sociais pode melhorar o processo educativo?


Cabe primeiro pensar o que significa conexão por redes sociais. Há ferramentas na internet e softwares que permitem levar a um nível diferente as redes sociais que já existem, mas os seres humanos vivem em redes sociais; não foi a tecnologia que inventou isso, ela só potencializou. Fazer uso das redes pode melhorar o ensino na medida que se reconheçam que processos essas redes potencializam e se identifiquem formas de as articular com o processo formal de aprendizagem. Tem de se pensar o indivíduo dentro de uma rede e as interações que se podem estabelecer entre os indivíduos, algo que vá além de um trabalho em grupo com papéis definidos. Mas, além de explorar a rede social presencial, pode-se pensar em usar a rede social de forma ampliada, que se faz possível com a tecnologia. Uma das implicações é que cada pessoa pode ficar mais próxima de outras com interesses semelhantes, algo que na rede local é mais complicado. Isso cria um potencial enorme para o processo educativo, mas não gosto de falar em melhorá-lo e sim em complementá-lo, abrir novas possibilidades.

Pode citar exemplos de bom uso das redes?


Na Colômbia há muito tempo colégios adotam os sociogramas para acompanhar a aprendizagem de cada estudante. Sociograma é o mapeamento das redes sociais dos alunos, a que grupos pertencem e como caminham ao longo do tempo. Agora, falando das novas tecnologias, é importante precisar o contexto. Há grupos que usam a internet de maneira muito efetiva para, por exemplo, promover a anorexia - o que muitos não classificariam como um bom uso. No contexto educativo, um exemplo interessante são os cursos abertos online, que se desenvolvem na rede de forma aberta - e não em sistemas fechados - e promovem práticas que caracterizam o conhecimento em rede. Não se trata simplesmente de casos de docentes - e há muitos - que usam o Facebook ou o Twitter para apoiar seu processo de ensino. Temos de aproveitar todo o ecossistema de informação atual para desenvolver formas de interagir. Minha sensação é que poderíamos fazer muito mais das plataformas de redes sociais.

Na prática, a tecnologia e as redes estão promovendo melhorias na educação?


De certa forma, sim, há muitos exemplos interessantes ao redor do planeta. Mas de novo o contexto é importante: há que se diferenciar o nível de impacto que se pode ter em sociedades altamente conectadas e em outros lugares onde o acesso não é tão fácil. Do ponto de vista acadêmico, há estudos que sugerem que o impacto da informática ainda é marginal, e outros que dizem que ela impacta, sim. Não há resposta definitiva, ainda é uma incógnita. O certo é que o uso da tecnologia e o pensar nessas redes sociais abre um potencial que, para o bem ou para o mal, ainda não está sendo totalmente aproveitado. Sinto que às vezes nos concentramos em perguntar como podemos ser mais efetivos ensinando e não nos perguntamos como podemos tornar mais eficiente o processo de aprendizagem dos estudantes.

E isso faz muito diferença?

Essas perguntas conduzem a ações diferentes. Quando se preocupa em ensinar melhor, o resultado costuma ser com coisas transmissíveis, como comunico com outros meios as informações que comunicava antes frente a uma classe normal. Nessa medida, a tecnologia te

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110313/not_imp691241,0.php

Jornal O Estado de São Paulo

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