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Caraguatatuba implanta novo modelo de creche


Publicado pelo jornal O Estado de SP
17/09/2003

A creche pública tradicional acabou em Caraguatatuba, litoral norte. Graças a uma parceria entre a prefeitura, que repassa recursos, e a Fundação Orsa, administradora das unidades, aquela instituição onde as mães apenas deixavam os filhos para serem cuidados pelas "tias", tornou-se um ambiente focado na educação, onde a criança tem todos os direitos garantidos. Sobretudo o de brincar. "Brincando elas aprendem regras, noções de ordem, espaço. É a fase da formação do caráter", diz a diretora do Centro Educacional Integrado (CEI) Professora Onorina Pacheco Corrêa, Matilde Malva.
As creches públicas foram substituídas pelos CEIs, de acordo com as novas propostas da Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Além de oferecer creches de melhor qualidade, a prefeitura conseguiu matricular 100% das crianças de zero a 4 anos do município nos nove CEIs criados em parceria com a fundação.
"O desenvolvimento dele é muito rápido e o João apresenta diferenças de atitude", diz a assessora parlamentar Valéria de Oliveira Monteiro, de 25 anos. O caçula de seus três filhos, João Victor, de 2, é o primeiro a ficar num CEI. "Ele já criou uma independência e é muito mais sociável."
Esse tipo de comportamento é visível quando se visita uma unidade. Na escola, só se ouve a voz dos alunos. "O professor não precisa levantar o tom de voz para falar com uma criança. Ela compreende o que você quer dizer quando se olha no olho para falar", diz Matilde.
Apesar de bem pequenos, os alunos não andam em fila, não sentam em carteiras enfileiradas e não são obrigados a desenvolver nenhuma atividade que não queiram. Mas respondem prontamente aos chamados das educadoras. Até porque, geralmente são convites para atividades agradáveis.
Os estímulos para aprendizagem estão por toda parte. Desde as pinturas de faixas para pedestres no chão do CEI Professora Aparecida Maria Pires Menezes, no Bairro da Olaria - o mais pobre de Caraguatatuba -, até as cestas de lixo do CEI Professora Onorina Pacheco Corrêa, no Rio do Ouro, outro bairro carente. "Meu filho me dá bronca quando jogo papel na rua ou quando, sem querer, falo um palavrão", diz o bombeiro Wagner Arruda Prado, de 32 anos. Ele percebeu que o filho, Ariel, de 3, levou para a família uma outra visão do mundo. "O projeto é muito integrado com os pais. Vivemos na escola, participamos diretamente de tudo", afirma.
"Sempre chamamos os pais para nos ajudarem a renovar a escola", diz a diretora do CEI do Olaria, Myrela Alcyone de Oliveira Fernandes. A pintura dos desenhos no chão, por exemplo, é mudada periodicamente. "Os pais se oferecem para fazer retoques", diz.
A Secretaria da Educação investe em programas para as famílias.
"Desenvolvemos cursos profissionalizantes e terapias em grupo, como no caso de pais alcoólatras", diz a secretária Roseli Morilla.
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/09/17/ger013.html

Veja também:
Projeto é tido como modelo pela Unesco

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/09/17/ger010.html

Jornal O Estado de S.Paulo

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