Ensino superior atrai fundo de investimento |
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Publicado pelo jornal Folha de S.Paulo 21/09/2003 |
Investidores financeiros e fundos de investimento querem entrar no mercado do ensino superior. Isso é o que revela a pesquisa realizada pelo Grupo CM de Consultoria Educacional. Cerca de 26% das instituições privadas do ensino superior já foram procuradas por agentes nacionais e internacionais, revela o estudo.
Segundo a pesquisa, a iniciativa também está sendo bem aceita pelas universidades. Das instituições que ainda não foram procuradas pelos investidores, 62% declararam que teriam interesse em negociar a sua participação.
Foram pesquisadas 70 instituições do ensino superior --20 de grande porte (mais de 5.000 alunos), 30 de médio porte (de 1.000 a 5.000 alunos) e 20 de pequeno porte (menos de mil alunos).
As empresas estrangeiras JP Morgan Partners e Advent International, por exemplo, demostram interesse no mercado educacional brasileiro --o primeiro deverá investir US$ 570 milhões na América Latina em diversas áreas até 2006 e o segundo possui uma carteira de US$ 265 milhões. A empresa brasileira Pátria, por sua vez, está captando recursos para investir no setor de educação.
A idéia dos fundos é adquirir parte da instituição, injetar recursos, participar da gestão, esperar o negócio valorizar e, finalmente, revender a sua parte.
Segundo Sérgio Wether Duque Estrada, sócio-diretor da consultoria Valormax, o principal atrativo das universidades privadas é o ganho de escala do negócio, pois com uma mesma estrutura é possível multiplicar o número de estudantes pagantes.
O estudo aponta ainda que 49% das entrevistadas receberam a proposta de outras universidades interessadas na aquisição ou na fusão da instituição.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u13725.shtml
Jornal Folha de S.Paulo
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