Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 29/09/2003

A dúvida dos pais é sempre a mesma: uma educação bilíngüe desde cedo não vai confundir a cabeça do meu filho? E a resposta negativa tem sido cada vez mais freqüente. Nos últimos cinco anos, surgiram colégios desse tipo em todas as regiões da cidade, oferecendo principalmente ensino infantil, com currículos mais flexíveis. "Vejo com bons olhos o ensino da segunda língua na infância. Mas o inglês precisa fazer sentido para a criança, como, por exemplo, numa casa em que os pais viajam muito ou dão grande importância à língua", diz a educadora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Nadia Bossa.

Nadia explica que, nos primeiros anos de vida, a criança é muito curiosa e a capacidade de aprender é grande. "A aquisição da língua é natural, não existe aula de inglês e sim vivência em inglês", diz Ana Julia Jorge, presidente da Organização das Escolas Bilíngües do Estado de São Paulo (OEBI). A entidade reúne nove escolas, as mais antigas com sete anos de existência. Segundo ela, a mensalidade média para ensino infantil do grupo é de R$ 750.

"Quando perguntava para o meu filho o que fazia na escola, ele dizia:
pintei, brinquei. Não falava nada sobre o inglês", conta a dentista Elza de Jesus, sobre o filho Carlos, que freqüentou até a pré-escola a Kindy Kids Pre School, na zona leste. Ele só mudou de colégio porque a instituição não oferece o ensino fundamental. "Aprendeu bem inglês e português e é um excelente aluno hoje na escola regular." Tanto que Elza vai agora matricular o caçula Pedro na educação infantil bilíngüe.

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/09/29/ger007.html

Jornal O Estado de S.Paulo

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