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Domingo , 15 de Junho de 2025
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Textos pós-modernos e pré-fabricados


Artigo de Robson Pereira em O Estado de S.Paulo
01/10/2003

Andrew Bulhak, professor em uma universidade americana, criou e colocou na internet um curioso programinha que tem provocado boas gargalhadas. Trata-se de um gerador de textos pós-modernos, montado a partir de frases e supostos conceitos filosóficos atribuídos a intelectuais e personalidades do mundo artístico. Separadamente, cada frase (ou pelo menos algumas delas) até poderia fazer algum sentido. Juntas, no entanto, formam um emaranhado sem nexo, um completo absurdo.

A rigor, gerar textos ou imagens aleatórias não é uma tarefa difícil ou mesmo inédita na internet. No início do ano, Daniela Abade em seu Mundo Perfeito (www.mundoperfeito.com.br), ofereceu aos internautas um mecanismo capaz de criar divertidas letras de músicas - bem parecidas com algumas dessas que freqüentam o topo das paradas de sucessos.

Basta escolher algumas variáveis (um par de adjetivos e o nome de um lugar, entre outros quesitos) e apertar a tecla enter. Em poucos segundos estará pronta uma "autêntica" letra tribalista, com direito a refrões de forte apelo popular.

Mas o gerador de Bulhak é diferente, na forma e no conteúdo. A rigor, não é preciso fazer nada. Basta acessar o endereço www.elsewhere.org/cgi-bin/postmodern e se divertir com o texto que surgirá na tela do computador. A cada atualização da página, um novo tema, com direito a dezenas de citações e uma infinidade de notas de rodapé que remetem a autores de obras jamais produzidas.

Um desses textos, assinado por um suposto professor da Stanford University, propõe uma análise no Neotextualismo de Fellini, à luz das teorias de Sartre, Marx e Foucault. Outro, atribuído a um improvável pesquisador da Universidade da Califórnia, discute à exaustão O Capitalismo Cultural na Obra de Stone, utilizando os mesmos recursos de convencimento. Tudo é falso, exceto o mouse pad anunciado na página, também ele com apelos pós-modernos.

A brincadeira de Bulhak não se limita a textos "sérios". Além dos tratados filosóficos, ele oferece geradores de poesias juvenis, sugere nomes para bandas de rock e frases de efeitos para impressionar incautos, entre outras pérolas.

A primeira versão estreou na internet há pouco mais de dois anos e continua a ser aperfeiçoada até hoje. Bulhak usou um sistema de geração randômica de textos com recursos gramaticais. Outros trabalharam em cima da idéia a ponto de acrescentar alguma "inteligência" às respostas. A versão disponível no endereço citado acima, por exemplo, tem muito da contribuição de Josh Larios.

Para os interessados em conhecer a "motivação científica" do serviço, é sugerido um link para o Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Monash. O endereço aponta para um relatório, com título imponente, bem parecido com os textos gerados pelo próprio sistema.
Leia o artigo completo em:

http://www.estado.estadao.com.br/colunistas/robson.html

O Estado de S.Paulo

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





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