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Baixa renda influencia freqüência escolar


Publicado pelo site da Folha Online 30/09/2003

Estudo apresentado à FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP (Universidade de São Paulo) indica que, nas famílias consideradas pobres, o aumento da freqüência escolar de crianças entre 7 e 14 anos acontece de acordo com o crescimento da renda familiar.

Segundo a economista Lígia Maria de Vasconcellos, que analisou dados do período entre 1981 e 1999, da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o fenômeno foi mais acentuado nos primeiros 11 anos deste período.

Em sua pesquisa "Frequência e atraso escolar e sua relação com a renda familiar no Brasil", Lígia constatou que, entre 1981 e 1992, o crescimento da renda influenciava a frequência de crianças de 75% das famílias mais pobres. Mas, de 1993 a 1999, o índice caiu para 25%.

"As políticas de governo da década de 90 incentivaram a frequência nas escolas, destacando-se a criação do Fundef (Fundo de Manutenção do Ensino Fundamental)", diz a pesquisadora. "As escolas tiveram incentivo para ter mais alunos, pois o envio de recursos do fundo é proporcional ao número de crianças matriculadas."

Com os dados do Pnad, a pesquisadora constituiu quatro grupos de crianças: 25% filhas de famílias mais pobres, 25% das famílias mais ricas e dois intermediários. Quanto à idade escolhida, ela explica: "escolhi crianças para as quais a escola seria obrigatória. Além disso são jovens que, por lei, não poderiam trabalhar."

Segundo a pesquisadora, programas como o federal Bolsa Escola, que fornece dinheiro para famílias carentes que comprovem a frequência escolar mínima de 85% de seus filhos, ajuda significativamente a mantê-los estudando.

Ela constatou que, mesmo se não fosse necessária a comprovação da frequência, esta aumentaria da mesma forma. "Se o objetivo é manter a criança na escola, programas como esse devem continuar a atender somente as mais pobres, pois não teriam efeito com as crianças mais ricas", diz.

A pesquisa começou no início de 2001, motivada pela questão: "por que as crianças saem cedo da escola, se no futuro a educação é um dos fatores que mais influenciam a melhora de renda?" Lígia levou em conta tanto fatores culturais, como a própria educação dos pais, que decidem sobre a manutenção do filho na escola, como os econômicos.

Na verdade, por dados do IBGE de 2001, 91% das crianças estudam em escola pública, o que elimina o gasto com mensalidades. Mas há gastos com transporte, material, além da perda indireta de renda familiar por não haver um membro da família trabalhando.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u13818.shtml

Folha Online

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