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O mundo quase secreto dos livros que falam


Publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo
07/10/2003

Nelson Katayama e Nico Nascimento trabalham de forma parecida, com o mesmo instrumento, o computador. Usam programas semelhantes e têm, em comum, uma deficiência visual que exige o uso de monóculos para enxergar a tela. Os dois fazem produtos cada vez mais caprichados e são responsáveis pela qualidade da leitura de usuários de duas audiotecas: a do Centro Cultural São Paulo e a do Lara Mara, instituto dedicado ao apoio ao deficiente visual, na Barra Funda, em São Paulo.

Nascimento produz livros em áudio há três anos, no estúdio profissional do Lara Mara (www.laramara.org.br) - e também faz faculdade de comunicação social, depois do trabalho. Além de livros, os voluntários que comanda lêem textos que se destinam a estudantes com deficiência visual de uma universidade que fica na região. Katayama usa o estúdio da rádio interna do CCSP (e não tem como, no momento, aumentar o número de voluntários). Os CDs que fazem não podem ser vendidos, porque não são produtos feitos para o mercado e, portanto, estão livres de vários encargos e burocracias.

Os livros falados lançados no mercado brasileiro não passam de 140, segundo os registros da Biblioteca Nacional. Quem entra na livraria virtual Amazon.com encontra cerca de 32 mil obras no formato disponíveis, de obras de auto-ajuda a romances. Numa livraria de São Paulo, são cerca de 400 os audiolivros disponíveis, quase todos importados. Além disso, nas bibliotecas norte-americanas o audiolivro costuma aparecer em lugar de destaque. Segundo afirmou Matthew Batles, autor de A Conturbada História das Bibliotecas, isso aconteceu naturalmente. Os audiolivros tornaram-se populares entre os americanos, que os ouvem especialmente na estrada e nos congestionamentos, e as bibliotecas perceberam que valia a pena incluindo-os nas compras. O formato ficou tão popular que uma versão em áudio do último Harry Potter foi lançada junto com o livro (no Brasil, a Rocco, que edita o livro, não planeja uma versão em áudio da obra).

Um de seus títulos mais importantes é O Brasil Lendo Drummond, composto por quatro CDs, com um elenco de leitores que vai de Ritchie a José Mindlin, passando por uma gravação do próprio Drummond, recuperada, lendo Obrigado.

Na semana que vem, a Luz da Cidade lança uma coletânea de poemas de Abel Silva, com leituras de Pedro Bial e Hugo Carvana, entre outros. O catálogo da editora inclui autores como Lima Barreto, Machado de Assis e Clarice Lispector. Atulamente, está em produção a edição de poemas de Vinicius de Moraes. Há muitas reuniões de contos, mas a editora não publicou ainda nenhum romance em áudio.
Leia a matéria na íntegra em:

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/10/07/cad033.html

O Estado de S. Paulo

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