A pesquisa brasileira, cada vez mais feminina |
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Publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo 12/10/2003 |
As brasileiras entraram no século 20 analfabetas e saíram dele com maior escolaridade que os homens. E, se depender das jovens cientistas premiadas esta semana, o futuro da pesquisa no País também será feminino.
Dos seis vencedores do Prêmio Jovem Cientista, nas categorias graduados e estudantes, cinco são mulheres.
Como todos os cientistas do País, elas se queixam da falta de recursos, excesso de burocracia e mercado de trabalho reduzido. Como todas as mulheres, reclamam da dupla jornada de trabalho, da dificuldade de conciliar carreira, casamento e filhos. Mas, movidas pela curiosidade, têm o privilégio de satisfazê-la no laboratório.
A classe de Adriana Lorenzi, de 26 anos, era conhecida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) como a "turma da Luluzinha", de tantas mulheres que tinha. Vencedora do Jovem Cientista na categoria Graduados, ela não estranha ver tantas moças na premiação deste ano. "É conseqüência natural da maior participação feminina. Quanto mais mulheres, mais chances temos de nos destacar", avalia.
Adriana é do tipo caseiro. Adora os almoços de domingo em família. Nasceu e cresceu em Piracicaba, fez Esalq, faz mestrado no Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP, na mesma cidade, e mesmo agora - que ganhou com o prêmio uma bolsa para o futuro doutorado - não pensa em deixar sua terra para estudar no exterior. "Quem sabe, um doutorado-sanduíche", sonha, referindo-se a fazer de seis meses a um ano de estudo no exterior. O prêmio veio com uma pesquisa com 13 espécies de cianobactérias, das quais duas produzem toxinas que podem causar problemas renais, se estiverem presentes em reservatórios de água para consumo humano.
Leia matéria na íntegra em:
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/10/12/ger019.html
O Estado de São Paulo
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