Saramago defende Educação com valores humanos |
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Publicado pelo site da SEE/SP 13/10/2003 |
O escritor português José Saramago defendeu na sessão de abertura do I Congresso Internacional de Educação, nesta segunda-feira (13 de outubro) em São Paulo, uma maior diferenciação de dois termos que considera fundamental para a melhor formação dos brasileiros: instrução e educação. Tomando como exemplo sua própria formação pessoal, o Prêmio Nobel de Literatura de 1998 destacou que foi educado por familiares analfabetos.
“A questão de Educação é muito mais complexa do que instruir. Durante sete anos de minha vida, assim como da de milhões de brasileiros, não fui instruído, mas educado. Antes do saber, é necessário ser”, destacou, referindo-se à importância de pais, professores e alunos valorizarem conceitos reais de justiça e ética.
Segundo o escritor, que foi o primeiro representante da língua portuguesa a receber um Nobel, a distribuição de renda também é crucial para a melhoria de toda a qualidade de vida de um país, inclusive no que se refere à Educação.
Ele também ressaltou que a obediência à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, redigida pela ONU em 1948, deve ser uma preocupação constante de todos os governos. Para Saramago, enquanto isso não for seguido em todo o Brasil, não haverá uma democracia verdadeira no país. Na declaração, há também um item que se refere ao direito sagrado à Educação.
“Se neste século não conseguirmos fazer com que se respeite os direitos humanos, os perderemos definitivamente. A sociedade deveria assimilar que foram reconhecidos internacionalmente e que nos pertencem, como seres humanos.” O escritor destacou ainda que é necessário uma maior conscientização da população para que estes valores possam prevalecer.
“Todos os dias, ao acordarmos, deveríamos fazer três perguntas: Por quê? Para quê? Para quem? Se não conseguirmos obter respostas satisfatórias a essas perguntas em determinadas ocasiões, deveremos dizer não. Se até aqui houve algum avanço da humanidade, foi porque se disse não, para que esse não um dia se transforme em um sim”, completou.
http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/2003_10_13_c.asp
Secretaria de Estado da Educação
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