Homens reivindicam guarda compartilhada |
|
|
Publicado pelo jornal Folha de S. Paulo 23/10/2003 |
Os efeitos da liberação feminina, iniciada no século passado, parecem não ter fim. O homem, de quem a mulher moderna tem solicitado a participação mais ativa na educação e na vida dos filhos, quando se separa da mulher, não quer saber de assumir o antigo papel do pai de fim de semana --ou "pai periférico", como se autodenominam os militantes de um movimento de pais que exige a participação igualitária na educação dos filhos. A pressão deles já resultou em três projetos de lei que tramitam no Congresso para incluir no Código Civil o conceito batizado de guarda compartilhada.
Esses pais integram associações como Movimento Guarda Compartilhada Já!, Apase (Associação de Pais e Mães Separados), Associação Pais para Sempre, Pai Legal e Participais (Associação pela Participação de Pais e Mães Separados na Vida de Seus Filhos).
"O que temos em comum é a busca pela igualdade parental. Somos vistos como pais mal resolvidos e tachados de loucos por querermos conviver constantemente com nossos filhos", explica Rodrigo Dias, presidente da Pais para Sempre.
"Infelizmente, muitas mulheres ainda acham que o filho é delas e confundem guarda com posse, chegando a pedir proibição total de visitas para ter um poder de barganha diante do tribunal", desabafa Alfredo Oton de Lima, presidente da Participais.
Para Dias, a guarda compartilhada é a melhor solução para banir o estereótipo do pai frio e distante. "Se, de um lado, a mãe se afastou, de outro, o pai se aproximou. Quando começou a cair o machismo, a figura do pai que só sustenta foi desfeita", diz.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u2928.shtml
Folha de S. Paulo
Para mais informações clique em AJUDA no menu.
|