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Mão na Massa: uma nova forma de ensinar Ciência


Publicado pelo Jornal da Ciência
11/11/2003

Idealizado pelo Nobel de Física Leon Lederman, nos anos 90 nos EUA, o projeto Mão na Massa aponta atividades práticas no ensino de ciência como o melhor meio de o aluno aprender o conteúdo e, mais importante, entender o significado dos conceitos científicos

Dentre objetos de diferentes formas, pesos e volumes, quais afundam e quais flutuam quando colocados em uma banheira? Duas velas estão equilibradas em uma balança, quando uma é acesa, o que acontece?

Apresentar atividades como estas a alunos de 1ª a 4ª série como parte de seu programa escolar é a proposta do 'Mão na Massa'.

A idéia, porém, não é realizar a experiência e mostrar de cara o resultado aos alunos. O objetivo é justamente incentivá-los a observar, pensar e debater em sala de aula os possíveis resultados.

'Errar, neste caso, pode ser bem construtivo', disse Dietrich Schiel, do Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP, que apresentou o projeto em oficina realizada na sexta-feira, na Reunião Regional de Campina Grande.

O projeto 'Mão na Massa' é uma parceria entre as Academias de Ciência da França e do Brasil, sob a direção geral de Ernst Hamburger, diretor da Estação Ciência da USP.

A França implantou em 1995 as propostas do programa em diversas escolas. Hoje, ele atinge 100 mil salas de aula do país.

Coordenada por Dietrich Schiel, uma equipe composta por nove profissionais brasileiros foi capacitada na França durante duas semanas em maio de 2001.

Desde então, o projeto foi implementado nos Estados de SP (São Carlos, SP, Piracicaba) e Espírito Santo (Vitória) e nas cidades do RJ e Campina Grande (Museu Vivo de C&T).

Os professores organizam as atividades de acordo com a progressão dos alunos e dão a eles o máximo de autonomia para resolver os desafios impostos. Cada um deve ter um caderno próprio em que relate as experiências, suas observações e suas conclusões.

O objetivo, diz Dietrich Schiel, é provocar os alunos, levá-los a fazer suas próprias indagações, tornando-os mais participativos e questionadores.

Para ele, um dos principais problemas do ensino de matemática, no Brasil e no mundo, é a falta de atividade prática e de dinamismo nas salas de aula. 'Os alunos não tem oportunidade de refletir', lamenta.

Dietrich Schiel apontou ainda a falta de preparo dos professores na área como um problema educacional grave. Principalmente neste nível de ensino, onde os professores não têm formação na área de ciência.

'Um evento como este é muito importante e uma grande oportunidade para os professores trocarem experiência', afirma Schiel. Ele promete usar todas as brechas para apresentar o projeto em outros lugares do país. Quem sabe nas próximas nove reuniões?
(Carla Almeida)

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=14118

Jornal da Ciência

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