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Diabetes: a urgência das medidas de prevenção


Artigo de Carlos Eduardo Mattos no JB Online 14/11/2003

Neste Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, uma reflexão profunda deve ser feita pela sociedade e pelos governos em todos os níveis de administração em relação ao que se tem feito, efetivamente, para combater esta enfermidade que vem aumentando de proporções. Seja em decorrência do aumento da expectativa de vida, do crescimento da obesidade e do sedentarismo, ou das pesadas propagandas de alimentos ricos em calorias e as facilidades da vida moderna.
O diabetes é uma doença metabólica associada a deficiência de insulina e que se manifesta classicamente por aumento dos teores de glicose no sangue, comprometimento dos vasos sangüíneos (em especial os vasos da retina) e lesão do sistema nervoso. Basicamente, são consideradas diabéticas as pessoas que apresentam sintomas típicos da doença (aumento da freqüência urinária, sede intensa e perda de peso inexplicada) e dosagem de glicose no sangue ao acaso (sem jejum) acima de 200mg/dl e/ou em jejum acima de 126mg/dl, observadas em duas situações distintas.
Em todos os países do globo, independente do seu grau de desenvolvimento socioeconômico, o diabetes é reconhecido como um sério problema de saúde pública, por causa dos pesados encargos sociais impostos pela doença. No Brasil, a prevalência do diabetes na população urbana de 30 a 69 anos é de 7,6%, ocorrência esta similar à de países desenvolvidos.
A subnotificação do diabetes é nefasta tanto para o diagnóstico de novos casos quanto para o tratamento. Considerando todas as faixas etárias, estima-se que, no Brasil, existam 5 milhões de diabéticos, dos quais metade desconhece o diagnóstico. A pobreza no diagnóstico faz com que a doença caminhe silenciosamente e provoque complicações que levam a incapacidades físicas permanentes, como cegueira, derrame cerebral, enfarte do miocárdio, insuficiência renal e amputações, que, além de produzirem justa isenção no Imposto de Renda, sangrarão a seguridade social.
Na terceira idade (acima dos 60 anos), o diabetes assume relevância especial, pois além de as manifestações clínicas não serem percebidas tão facilmente, podemos encontrar uma freqüência de até 17,4% contra apenas 2,7% em indivíduos mais jovens (entre 30 e 39 anos).
Uma vez que a população brasileira, mediante o fenômeno da queda da fecundidade e das melhorias tecnológicas da medicina, vem envelhecendo, devemos esperar um incremento no número de idosos diabéticos e, conseqüentemente, maiores gastos nos setores de saúde pública e privada.
O diabetes ocorre durante a gestação em até 4% das mulheres grávidas e é responsável por elevadas taxas de morbidade e mortalidade maternofetal. Merece destaque uma devastadora complicação crônica do diabetes, muitas vezes negligenciada tanto pelo diabético quanto pelo médico, conhecida como pé diabético.
O pé diabético está presente em até 25% dos diabéticos em algum momento de suas vidas, representando condição mutilante, recorrente e onerosa para o indivíduo e para o sistema de saúde. Tratam-se de pequenas lesões nos pés que, se não tratadas em tempo hábil, evoluirão para úlceras que, ao se infectarem, poderão causar amputações e até mesmo a morte por septicemia.
Entretanto, na maior parte dos casos, o pé diabético pode ser evitado, reduzindo em até 50% as amputações, com ações de saúde que visem a melhorar o seu reconhecimento por meio da educação dos pacientes e de seus familiares, e pelo auxílio dos profissionais de saúde. Porém, de todas as complicações do diabetes, nenhuma é mais dramática do que a amputação do membro inferior. A amputação não representa apenas a perda de um segmento do corpo, mas também, muitas vezes, vem acompanhada de desemprego, trauma psicológico e piora da qualidade de vida.
Portanto, é imperativo que, em face a constelação de problemas criados pelo diabetes, sejam encorajadas medidas de prevenção, relativamente baratas e não tão difíceis de serem realizadas, como controle do excesso de peso e do sedentarismo.
Veja o artigo na íntegra em:

http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/brasil/2003/11/13/jorbra20031113004.html

JB Online

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