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Derrame e Aids matam mais as mulheres


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 14/11/2003

Derrame, aids, homicídio e câncer de mama são, nessa ordem, as principais causas de morte de brasileiras jovens. Pela primeira vez, um levantamento feito em todas as capitais do Brasil analisou do que morrem as mulheres que têm entre 10 49 anos.
A pesquisa foi coordenada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo FSP-USP), em parceria com o Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os pesquisadores partiram de 3.265 atestados de óbito registrados em todas as capitais do País e no Distrito Federal. Em seguida, eles entrevistaram os parentes da vítima e analisaram prontuários para reconstruir a história médica de cada mulher.
A professora Maria Helena Prado de Mello Jorge, da FSP-USP, explica que a faixa etária escolhida escolhida para o levantamento abrange a idade fértil feminina. Alguns achados, como a aids aparecer em segundo lugar no ranking, chamaram a atenção dos pesquisadores. “Apesar de o programa de aids brasileiro ser um dos melhores do mundo, a mortalidade por essa doença ainda é alta na mulher jovem”, alerta Ruy Laurenti, da FSP-USP.
Todos os brasileiros com aids têm acesso a tratamento com drogas anti-retrovirais. A diretora do serviço de vigilância do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, Naila Janilde Santos, explica que os medicamentos prolongam a vida do paciente, mas não curam a doença. “As pessoas vivem mais tempo com o HIV, mas ainda morrem de aids.” O u t r a s doenças que surpreenderam os pesquisadores são d e r r a m e s, pressão alta e diabete. Nesses três casos, há que se considerar a predisposição genética, mas hábitos de vida têm papel
fundamental para o desenvolvimento da doença.
Não é à toa que a relações-públicas Suely Detogni Abreu, de 46 anos, tem cuidados redobrados com a saúde. “Venho de uma família com histórico de problemas cardíacos. Minha mãe morreu de enfarte.” Para compensar o risco hereditário, Suely capricha nos hábitos saudáveis: caminha cinco vezes por semana e controla a alimentação.
Amiga de Suely, a secretária Marina Palma, de 45 anos, não tem a carga hereditária das doenças cardiovasculares. Mesmo assim, não abre mão de hábitos saudáveis. A atividade física tem lugar garantido em sua agenda. Segundas, quartas e sextas são dias reservados para 4 quilômetros de caminhada. As terças e quintas começam com aula de alongamento. “Sem falar que tanto a Suely quanto eu não falhamos nas visitas anuais ao ginecologista e no auto-exame das mamas”, diz Marina.
São estratégias fundamentais para a detecção precoce de câncer de
colo de útero e de mama. Esses dois tipos de câncer estão entre as dez doenças que mais matam as mulheres jovens jovens no País. Enquanto o de mama equivale a 26,9% das mortes por câncer no Sudeste, o de colo de útero é responsável por 33,5% dos óbitos do Norte. “Áreas menos desenvolvidas têm maior ocorrência de mortes por câncer de colo de útero, que podem ser evitadas com exame Papanicolau uma vez por ano”, explica Sabina Gotlieb, professora da FSPUSP. Ou seja, as mulheres dessas áreas não estão fazendo o teste com a freqüência que deveriam.
O trabalho não deixou de investigar a mortalidade materna. Entram nesse grupo mortes que aconteceram em mulheres grávidas, durante o parto ou em até um ano depois, desde que a causa do óbito esteja relacionada à gestação. Dos 3.265 óbitos analisados, 115 eram por causas maternas. O que chamou a atenção dos pesquisadores foi o fato de 56,5% dos casos terem causas que poderiam ser prevenidas com pré-natal adequado.

http://jpdf.estado.com.br/

O Estado de S.Paulo

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