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Literatura infanto-juvenil: castelo dos cifrões


Publicado pela revista Carta Capital 19/11/2003

O mundo dos livros infanto-juvenis brasileiros atravessou as décadas de 80 e 90 sem ouvir a palavra crise. A esse crescimento contínuo foi acrescentado, nos últimos dois anos, um pó de pirlimpimpim. No ano passado, foram vendidos 85 milhões de exemplares de livros para crianças e adolescentes, ante 15 milhões de literatura adulta. Este ano, a diferença deve ser ainda maior.

O entusiasmo dos envolvidos no negócio impulsionou a realização da Primeira Feira do Livro Infantil, Juvenil & Quadrinhos de São Paulo, em dois andares da Fundação Bienal, de 22 a 30 de novembro. De acordo com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), de 2001 para cá, pelo menos dez editoras de grande e médio porte criaram selos infanto-juvenis.

O presidente da CBL, Oswaldo Siciliano, diz que foi Harry Potter, feito passe de mágica, que multiplicou os cifrões do setor. “O fenômeno é recente e está diretamente ligado ao Harry Potter”, atesta. “Nos últimos dois anos, grande parte dos editores brasileiros apostou nesse segmento, chegando a lançar dois ou três títulos de uma coleção num só mês.”

Siciliano fala o mesmo que têm falado os americanos. Os editores dos Estados Unidos, segundo reportagem recente publicada no The New York Times, vêm creditando ao pequeno mago os louros pelo aumento das vendas de diversos títulos destinados aos leitores mirins.
Breno Lerner, diretor-geral da Melhoramentos, uma das líderes nessa faixa, é outro que atribui à britânica J.K. Rowling papel fundamental na engrenagem dos infanto-juvenis. “O Harry Potter derrubou o mito de que os jovens no Brasil não gostam de livros grossos e consolidou o ramo da literatura fantástica para crianças”, assegura.

Num país que se encantou com o mundo da fantasia através das reinações de Monteiro Lobato (1882-1948), as afirmações de Siciliano e Lerner causam desconforto, quando não irritação, entre autores que há tempos se transportam pelas palavras ao imaginário das crianças.

Antes de Harry Potter, andaram por aqui Orígenes Lessa (1903-1986), com O Feijão e o Sonho (1938), Marcos Rey (1925-1999), com os sucessos O Mistério do Cinco Estrelas (1981) e Sozinha no Mundo (1984), e os grandes nomes surgidos nos anos 70 e ainda na ativa, como Ziraldo e O Menino Maluquinho, Ana Maria Machado e Ruth Rocha. Não caberia a eles a base desse mercado?

Ana Maria Machado, que tem mais de cem livros publicados em 17 países e foi empossada este ano na cadeira de número 1 da Academia Brasileira de Letras, responde sem rodeios: “É claro que a explosão de leitores é anterior ao Harry Potter. Se é para falar em números, temos que falar das compras governamentais”, declara.
Leia a matéria na íntegra em:

http://cartacapital.terra.com.br/site/exibe_materia.php?id_materia=1106

Revista Carta Capital

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