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Especial publicado pelo site do UOL 20/11/2003 |
O líder do Quilombo dos Palmares lutou pela liberdade
dos escravos até a morte.
A infância do herói. O garoto Francisco, que se tornaria o Zumbi, nasceu em 1656, na cidadezinha de Porto Calvo, interior de Alagoas. Criado por padre Melo, aprende a ler e a escrever. Tem aulas de Astronomia, Matemática, História da Bíblia e Latim. Aos 15 anos, foge para o Quilombo dos Palmares, maior refúgio de resistência dos negros à escravidão, localizado a 10 quilômetros do atual litoral de Alagoas.
A vida em Palmares. Quando Zumbi vai para Palmares, o quilombo é uma autêntica república negra. A comunidade cria gado e planta mandioca e cana-de-açúcar. O que sobra da colheita é trocado com a vizinhança por sal, pólvora e armas de fogo. Para se defender dos portugueses, Palmares cria uma organização militar liderada pelo tio de Zumbi, Ganga Zumba.
Francisco se torna Zumbi. Aos 19 anos, Francisco auxilia o tio em várias batalhas contra os portugueses, tornando-se o mais jovem general do Brasil. O guerreiro muda então seu nome para Zumbi, que significa em dialeto afro grande chefe. Sob sua liderança, os quilombolas vencem várias batalhas contra a coroa portuguesa. Para conter tantas vitórias, o governo colonial forma o maior contingente imperial de soldados para enfrentar o quilombo. A guerra dura mais de cem anos.
Ganga Zumba cai do poder. Uma das passagens mais conhecidas dessa guerra é o momento em que Ganga Zumba assina um acordo de paz com o governo da Província de Pernambuco em troca de terras no vale do Curcaú. Zumbi não aprova os termos do acordo: só teriam liberdade os que haviam nascido em Palmares. Escravos fugidos teriam de ser devolvidos. Ganga Zumba foge para as terras oferecidas pelo governador. Mais tarde é assassinado. Zumbi fica no lugar do tio e se torna o rei de Palmares.
A morte. Em 1675 Zumbi se fere em combate e fica manco. Apesar da deficiência física, não desiste de comandar as batalhas contra a coroa portuguesa. Depois de várias vitórias, Palmares perde a batalha final: a capital do quilombo – chamada Macaco – é tomada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. Zumbi consegue fugir, mas, traído por um de seus companheiros, é surpreendido em seu esconderijo. Assassinado, tem a cabeça cortada e exposta em postes na capital e em muitos vilarejos de Pernambuco, para lembrar aos escravos o destino dos que tentavam se rebelar contra a escravidão.
http://noticias.uol.com.br/educacao/materias_klick/ensino_fundamental/data_comemorativa/0,5387,2412-data_comemorativa-54-5638,00.jhtm
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