Gestão Lula não definiu rumo das avaliações |
|
|
Artigo de Antônio Gois no jornal Folha de S. Paulo 21/11/2003 |
Após quase um ano no poder, a gestão do PT ainda não deu sinais claros do rumo que dará às avaliações educacionais. O novo governo prometeu mudanças, chegou a esboçar algumas propostas, mas ainda não informou à sociedade o que será feito do Enem, do provão e de outros instrumentos criados na gestão do ex-ministro tucano Paulo Renato Souza.
Ao menos nas declarações à imprensa, a intensidade das mudanças tem variado bastante de acordo com o dirigente que tenta explicá-las. Isso reflete em parte a própria composição do MEC.
Seu principal dirigente, o ministro Cristovam Buarque, elogia a cultura de avaliação que foi fortalecida na gestão de seu antecessor, mas sempre afirma que sua intenção é aperfeiçoar o atual sistema.
Esse tom moderado, porém, nem sempre é percebido nas declarações dos dirigentes do Inep, responsável pelas estatísticas educacionais. Em parte, isso se explica porque as principais nomeações para o órgão não foram feitas por Cristovam, mas pela tendência petista Força Socialista.
No caso do provão, a proposta de uma comissão nomeada para apresentar uma alternativa à avaliação do ensino superior foi radical: sugeriu o fim da divulgação das notas de cada curso, acabando, na prática, com o atual exame. Resta saber se o ministro aceitará as sugestões.
Por enquanto, o único exame que já teve seu veredicto foi o Enceja --que avalia o supletivo-, o menos conhecido das avaliações, suspenso sem muito alarde.
Já o provão ou o Enem dificilmente serão modificados sem causar barulho. A definição do que será feito com eles ajudará a indicar para que lado irá o MEC.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u14375.shtml
Folha de São Paulo
Para mais informações clique em AJUDA no menu.
|