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Aids mata 3 milhões e bate recorde histórico


Publicado pelo jornal Folha de S. Paulo 26/11/2003

A epidemia de Aids no mundo atingiu números recordes em 2003: 5 milhões de pessoas foram infectadas e 3 milhões morreram. Segundo o Unaids (Programa Conjunto da ONU sobre HIV/ Aids) e a OMS (Organização Mundial de Saúde), são os piores resultados já registrados desde os primeiros casos, há duas décadas. De acordo com o Unaids, a metodologia da pesquisa foi alterada, revisando para baixo os números de levantamentos anteriores.

Ao todo, estima-se que, hoje, cerca de 40 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras do HIV, vírus que causa a Aids.
O estudo, divulgado ontem, diz também que não há nenhum sinal de desaceleração do avanço da doença. "A epidemia continua a sua marcha letal em todo o mundo, com poucos sinais de redução. No decorrer deste ano, a cada minuto dez novas pessoas foram infectadas. Nas regiões mais afetadas, a expectativa de vida está caindo rapidamente", disse Kofi Annan, secretário-geral da ONU.

A precariedade (ou a ausência) de programas de prevenção é citada como a principal causa para o avanço mundial da Aids. Prova disso é que a epidemia cresceu em áreas nas quais até recentemente havia baixa ou negativa incidência de contaminação por HIV, como em algumas ilhas do Pacífico.

O crescimento do volume de pessoas infectadas não se restringe às regiões mais pobres do globo. "Há uma crescente evidência de que atividades de prevenção em vários países com alta renda não acompanham as mudanças na disseminação do HIV", afirma o relatório. O crescimento da infecção em setores marginalizados da sociedade, como os refugiados na Europa ocidental, está entre os novos componentes da epidemia.

"Logo após o surgimento dos primeiros casos, já sabíamos como a doença era transmitida e quais as formas de prevenção. Esse relatório não deixa dúvidas de que as estratégias de prevenção não têm sido efetivas", disse à Folha Luiz Loures, diretor do Unaids para Europa e Américas.

Essa revelação frustra os objetivos de redução do avanço da epidemia estabelecidos pela ONU em 2001. "Nós falhamos em alcançar muitas das metas para este ano. Mais importante ainda é que nós não estamos no caminho para reduzir a dimensão e o impacto da doença até 2005. Nessa ocasião, deveríamos reduzir em um quarto o número de jovens infectados nos países mais atingidos pela doença", afirmou Annan.
As mulheres têm sido as maiores vítimas. Na África, a possibilidade de uma mulher contrair o HIV é 1,2 vez a de um homem. Na faixa etária entre 15 e 24 anos, a discrepância é ainda maior: a propensão das mulheres à infecção é 2,5 vezes a dos homens.

Em alguns países da África, 1 em cada 5 gestantes está infectada. O cenário é particularmente alarmante. "Na maioria desses países, a prevenção da transmissão das gestantes para a criança praticamente inexiste", diz o texto.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2611200301.htm

Folha de São Paulo

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