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ONG valoriza cultura negra nas escolas


Publicado pelo caderno Sinapse, da Folha de S.Paulo 25/11/2003

No último dia 20 de novembro comemorou-se o Dia da Consciência Negra. Mas, para um grupo de jovens de Salvador, todo dia é dia de despertar em milhares de crianças negras o orgulho pela raça a partir do resgate da estética afro. Eles chegam às escolas munidos de panos coloridos, palhas, búzios, miçangas, tesouras, alfinetes, navalhas, batom, rímel e uma série de outros materiais.

À espera do pessoal da ONG Núcleo Omi Dùdú, alunos do ensino fundamental da capital baiana (90% deles, da primeira à quarta série), todos da rede pública municipal, têm uma aula diferente: os uniformes escolares dão vez a roupas típicas africanas; os cabelos são trançados e enfeitados com fitas coloridas; a maquiagem se harmoniza com os traços fortes do rosto.

A ação, que só neste ano beneficiou cerca de 12 mil crianças de 55 escolas da periferia de Salvador, faz parte do programa "Escola, arte e alegria - Sintonizando o ensino municipal com a vocação do povo de Salvador", criado oficialmente em 1999, mas realizado informalmente desde 1997. "Trabalhar a estética dessas crianças é uma forma rápida de resgatar a auto-estima. Trabalhamos a estética para falar de ética e cidadania", defende a secretária de Educação da cidade, Dirlene Mendonça.

A ONG Núcleo Omi Dùdú é uma das 75 entidades que fazem parte do Fórum de Parceiros da Educação, que a prefeitura estruturou em 2000.

A Oficina Multicultural Afro-Brasileira realizada pela ONG com crianças começou há dois anos. Antes, o trabalho da Omi Dùdú, que existe há 15 anos, era voltado para a capacitação de jovens na atuação como cabeleireiros, maquiadores e estilistas do estilo afro. Com esse projeto, eles ganharam em 2001 o prêmio de melhor trabalho na área de capacitação profissional em estética de Salvador, concedido pelo programa Capacitação Solidária.

Em uma das escolas onde a entidade realizou a oficina, a estudante Ana Paula Souza de Jesus, 9, sorria enquanto as "oficineiras" trançavam seus cabelos e maquiavam seus lábios. Espiando no espelho de canto de olho, disse com firmeza: "Eu tenho muito orgulho do meu cabelo, da minha boca. Gosto de usar trança solta e me sinto bonita. Mas antes eu não me achava muito bonita, não. Acho que é porque eu não gostava quando me chamavam de cafezinho".

Veja a matéria na íntegra:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u651.shtml

Folha de São Paulo

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