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Para fazer mais música


Publicado pelo caderno Sinapse, da Folha de S.Paulo 25/11/2003

Ele tem mais de 60 óperas no repertório, foi o responsável por casas alemãs como a Ópera de Bremen e a Ópera Alemã do Reno, de Düsseldorf, e tem sido elogiado pela crítica especializada pela melhoria no nível da Orquestra Sinfônica Municipal desde que assumiu a direção musical do Teatro Municipal de São Paulo, no começo de 2002; agora, contudo, sua ambição é pedagógica.

Ex-aluno do lendário pianista cubano Jorge Bolet (1914-1990), o maestro norte-americano Ira Levin, 45, vai contribuir para a formação de novos musicistas brasileiros: ele é a principal estrela do corpo docente da Escola Superior de Música, que começa a funcionar na Faculdade Cantareira a partir do ano que vem. "Acho importante passar conhecimento para as gerações futuras e creio que o Brasil tem um potencial incrível e inexplorado, para o qual eu gostaria de colaborar", afirma Levin, titular da cadeira de regência do curso que será dirigido por Henrique Autran Dourado, 50, também diretor da Escola Municipal de Música de São Paulo.

Instalada na área onde funcionava a fábrica de brinquedos Estrela, no bairro do Belenzinho, na zona leste de São Paulo, a Escola Superior de Música vai apostar na qualidade dos professores. "Por que a faculdade de Medicina da USP é a melhor? Não é pelo prédio, ou pelo nome da universidade. É pelo corpo docente", diz Dourado.

O diretor do novo curso montou uma equipe em que figuram alguns nomes de referência na formação dos respectivos instrumentos, como a violinista Elisa Fukuda, 51, formada pelo Conservatório de Genebra, o violoncelista Zygmunt Kubala, pós-graduado na Academia Superior de Música de Colônia, e o violonista Henrique Pinto, cujo nome aparece como professor no currículo de uma plêiade de astros brasileiros do violão.

O programa do curso tem o formato baseado no modelo alemão da "Hochschule" (de onde vem o nome Escola Superior), bem como no das instituições norte-americanas, como a Juilliard School e a New England, com "um currículo mais enxuto, voltado para a música", se comparado aos que já existem no Brasil. Em estrutura semestral, com quatro anos de duração, o curso oferece bacharelado em música (mas não licenciatura). Ao todo, são 60 vagas, com processo seletivo marcado para 6 de dezembro. A mensalidade deve ficar em torno de R$ 500.

O objetivo é ter alunos que já saibam tocar e queiram se aprimorar. Por isso, as aulas vão se iniciar à tarde, às 16h e terminar às 20h. "Quero poder receber o aluno que, pela manhã, ensaia em orquestra. A vantagem desse horário é que, depois da aula, à noite, ele ainda pode sair para realizar um concerto". Dourado, diretor do curso, promete uma seleção musical rígida, com banca específica para cada instrumento: "Entrará o melhor".

Ira Levin, por exemplo, programa ter classes de pelo menos cinco alunos, que assistirão a aulas ministradas em inglês (o português dele ainda é precário) e terão a oportunidade de acompanhar seus ensaios no Municipal, além de discutir as obras por ele preparadas com a orquestra. "Eu gostaria de vê-los tendo a oportunidade de reger uma sessão ocasional com uma orquestra profissional, porque nada pode substituir o ato de fazer isso de verdade", diz o regente.

A Escola Superior de Música —que planeja também iniciar em 2004 o que deve ser o primeiro curso superior para tecnólogos de áudio do Brasil— vem se juntar a outros cursos superiores que já existem na capital, como os da Faculdade Santa Marcelina, da UniFiam-Faam, da Faculdade de Música Carlos Gomes e da Faculdade Mozarteum, a maioria com processos seletivos marcados para dezembro.

As universidades públicas também oferecem graduações em várias áreas da música, de regência e composição a canto, passando por uma multitude de instrumentos. O Instituto de Artes da Unesp, sediado no bairro do Ipiranga, na zona sul da cidade. Na Unicamp, há opção também pela música popular, e, neste ano, foi criado em Ribeirão Preto um Departamento de Música da ECA-USP, com cursos de licenciatura e bacharelado em música e formação específica em instrumento. Em São Paulo, a ECA também

http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u658.shtml

Folha de São Paulo

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