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Cai infecção por HIV entre usuários de drogas


Publicado pelo Jornal da Ciência 27/11/2003

A infecção por HIV entre usuários de drogas injetáveis caiu drasticamente entre 1994 e 2001, segundo aponta um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) realizado em três cidades brasileiras

Neste período, a prevalência de HIV nesse grupo caiu de 63% para 42% em Santos, de 49% para 7% em Salvador e de 25% para 8% no RJ.

Os dados foram apresentados pelo infectologista da Fiocruz Francisco Inácio Bastos durante o V Simpósio Brasileiro em Pesquisa sobre HIV/Aids, realizado no RJ esta semana.

Os usuários de drogas injetáveis representam cerca de 30% dos 277.153 casos de Aids registrados até hoje no Brasil.

Prevenção é apontada como uma das causas da redução

Segundo Bastos, várias hipóteses foram levantadas para explicar a prevalência mais baixa de HIV entre os novos usuários de drogas injetáveis.

Uma delas diz respeito ao fato de os novos usuários não terem o costume de compartilhar seringas, o que faz com que a transmissão de HIV de um grupo para outro ocorra com menos freqüência.

Por se tratar de uma população relativamente restrita, também é possível que tenha havido uma saturação.

'Outro fenômeno que apontaria é o da mudança espontânea', afirmou Bastos. 'Há um mito de que o usuário de droga é totalmente refratário a mudanças. Não é bem assim. A circulação de informações na mídia e as campanhas de massa chegam até ele e podem provocar mudança de comportamento.'

Outro fator a ser levado em conta, segundo o infectologista, é o trabalho de prevenção feito individualmente por autoridades e ONGs, o que inclui os programas de troca de seringas e distribuição de preservativos.

'Conseguimos mostrar por três caminhos diferentes que há de fato uma redução nesses lugares', apontou Bastos. 'A prevalência da doença é menor, o número de novas infecções por HIV é menor e, numa outra análise, mostramos que há um declínio também da hepatite, que tem uma forma de infecção semelhante.'

Os pesquisadores locais, ligados a um projeto mundial da OMS, fizeram perguntas de um questionário aos usuários de drogas injetáveis nessas três cidades entre 1994 e 97.

Depois, repetiram o questionário entre 1999 e 2001. Como a população de usuários de droga é muito dinâmica, os especialistas acreditam que a maioria dos entrevistados da segunda fase seja de novos usuários, o que indicaria uma mudança de perfil.

Ajuda para a África

Fernando Duarte escreve de Londres para 'O Globo':

Pela primeira vez, o governo da Grã-Bretanha destinará recursos para o tratamento da Aids em países em desenvolvimento. O dinheiro irá para a África, onde estão mais de dois terços dos casos de Aids no mundo.

O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Internacional britânico, Hilary Henn, um dia depois de a ONU divulgar os números mundiais da doença, indicando para 2003 um número sem precedentes de mortes por Aids - três milhões de pessoas

A ajuda poderá chegar a US$ 1,6 bilhão por ano em 2005, quase 20% do valor total mundial considerado necessário pela ONU.

O novo programa, que foi decidido durante o recente encontro entre o primeiro-ministro, Tony Blair, e o presidente dos EUA, George W. Bush, em Londres, será lançado na semana que vem.

'Gerações inteiras estão sendo varridas do mapa pela Aids', afirmou Henn.

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=14543

Jornal da Ciência

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