> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quarta-Feira , 30 de Abril de 2025
>> Notícias
   
 
Projeto de Cristovam mantém o provão


Publicado pelo jornal Folha de S. Paulo 01/12/2003

O projeto de lei que o ministro da Educação, Cristovam Buarque, apresentará amanhã com mudanças em todo o sistema de avaliação do ensino superior criará um novo esquema de classificação dos cursos universitários, mas manterá o provão como um dos critérios a serem considerados.

Em entrevista à Folha, Cristovam afirmou que a sociedade poderá continuar comparando as notas que os cursos obtêm no provão separadamente, mas que o ministério privilegiará, na divulgação dos resultados, um novo indicador, que será chamado de Índice de Desenvolvimento do Ensino Superior. Os conceitos desse índice irão variar entre bom, regular e preocupante.

"Quero mostrar que o governo anterior teve o mérito de implantar a cultura da avaliação, que antes já existia isoladamente. Aquele que acha que o provão basta para avaliar o ensino pode continuar olhando só para ele. O que estamos fazendo é um aperfeiçoamento da avaliação. Tem doente que acha que basta tirar a temperatura para ter o diagnóstico. Antigamente, o provão tirava apenas a temperatura do doente. Agora, vamos apresentar o diagnóstico completo e dar a receita", disse.

Em setembro, quando uma comissão criada pelo MEC propôs o fim do Exame Nacional de Cursos (ENC), o provão, houve polêmica entre especialistas. A antropóloga Eunice Durham, da USP e ex-secretária de Política Educacional do MEC na gestão Fernando Henrique Cardoso, classificou a extinção como "enorme retrocesso".

No projeto de Cristovam, que será apresentado amanhã na Câmara dos Deputados, o Índice de Desenvolvimento do Ensino Superior será uma média de quatro avaliações. Ainda não está definido o peso que cada avaliação terá na montagem do conceito final, porém os pontos a serem considerados serão a avaliação da aprendizagem (como faz o provão), a avaliação do corpo docente, a capacidade institucional do curso e o seu envolvimento com a realidade (veja quadro).

No caso do provão, os cursos serão avaliados de três em três anos. No primeiro ano, serão avaliados todos os cursos das áreas de saúde, educação e ciências biológicas. No ano seguinte, será a vez das áreas de engenharia e ciências da terra. Depois o restante das áreas será avaliado, para que os cursos de saúde, educação e ciências biológicas voltem a ser analisados depois de três anos.

Os cursos com avaliação preocupante assinarão um termo de compromisso com o ministério e com os estudantes. O governo federal apontará os itens que deverão ser melhorados a partir do resultado da avaliação e a instituição terá três anos para cumprir essas metas. Caso não cumpra, ela poderá ser punida com a suspensão do vestibular ou até com o fechamento do curso.

"Nada muda de um ano para o outro. Só era possível fazer a avaliação todo ano porque eram avaliados poucos cursos inicialmente", diz o ministro, defendendo a periodicidade de três anos.
Leia a matéria na íntegra em:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0112200301.htm

Folha de São Paulo

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader