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Chalita fala sobre Escola da Família ao El País


Publicado pelo site da SEE/SP 26/11/2003

Gabriel Chalita tem um perfil que vai muito além do de um político convencional. Além de administrar um dos maiores sistemas educacionais descentralizados do mundo - como ele lembra com certo orgulho -, já publicou 35 livros com apenas 34 anos. O último, "Os Dez Mandamentos da Ética, é o segundo livro mais vendido no Brasil.

Chalita é secretário da Educação do Estado de São Paulo e presidente dos secretários de Educação do Brasil. No Estado que Chalita administra há 6 milhões de estudantes não-universitários em escolas públicas, reunidos em 6 mil centros e nos quais trabalham 300 mil funcionários, entre diretores, professores e pessoal de administração e serviços.

O Estado de São Paulo tem 40 milhões de habitantes, o mesmo que toda a Espanha. E o número de alunos não-universitários desse Estado alcança 10 milhões, contando-se as escolas públicas, privadas e municipais. Chalita participou na semana passada em Madri da 18ª Semana Monográfica da Educação da Fundação Santillana.

El País - Do senhor depende a gestão de tantas escolas quantas administram todas as comunidades autônomas da Espanha juntas. Qual é sua maior prioridade nessa macrorregião?

Gabriel Chalita - Conseguimos tornar obrigatória e universalizar toda a educação de 6 a 14 anos. Até essa idade se alcançou a escolarização plena no Estado de São Paulo. Agora o desafio é generalizar a educação dos jovens de 15 a 17 anos. O problema começa depois dos 15. No Brasil ainda falta muito para escolarizar todos esses alunos, mas em São Paulo somente 4%, e queremos conseguir isso em quatro anos. O segundo desafio são os analfabetos adultos. Nesse Estado são 7%, no Brasil, 20%. É difícil acabar com o analfabetismo adulto porque muitos vivem em locais distantes e não querem. Mas o principal é que todos vão à escola, e não é um problema de centros, mas social, porque a abandonam para trabalhar, para conseguir dinheiro para a família. Nosso desafio é criar programas que mantenham esses jovens na escola.

EP - Como está a formação do professorado?

Chalita - A formação dos professores é outro grande desafio. No tempo em que estou na secretaria comprovamos que uma educação é melhor quando tem bons professores. Os professores são o mais importante no processo. É importante para o sistema educativo que haja meios nas escolas, mas o essencial é o professorado. Queremos melhorar seus salários, e para promover sua formação criamos 104 centros conectados por videoconferência, e com esse sistema estamos capacitando todos os professores em um processo constante de informação.

EP - Com que metodologia?
Chalita - Uma parte é didática, baseada no interacionismo, algo parecido com o construtivismo, mas mais avançado. É uma forma de mostrar que o aluno deve ser respeitado, que é um sujeito do processo de construção do conhecimento. Trata-se de fazer do estudante um grande ator no processo de conhecimento. Além disso, damos formação específica sobre cada disciplina (como matemática, física, inglês ou espanhol) e trabalhamos muito com temas transversais, relacionados a valores como ética e respeito. Essa última questão é muito importante porque graças ao fato de todos os professores terem trabalhado esses valores de forma transversal conseguimos reduzir a violência nas escolas em 80% em um ano e meio. Criaram-se atividades de teatro, música, dança e esporte e abriram-se todas as escolas nos fins de semana para que os pais possam freqüentá-las. A participação foi muito alta. Eles tomaram consciência de que pertencem à escola e à comunidade. É uma iniciativa realizada de acordo com um programa da Unesco.
Leia a matéria na íntegra em:

http://www.educacao.sp.gov.br/boanoticia/2003_11_26.asp

Secretaria de Estado da Educação

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