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Mais bibliotecas. Com elas, novos leitores


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 07/12/2003

Numa biblioteca do centro de Ribeirão Preto, um grupo de crianças se diverte entre os livros infantis ouvindo a atriz e contadora de histórias Fernanda Lins interpretar A Bela Adormecida. Em outra biblioteca, a mais de 10 quilômetros dali, a coordenadora do Centro de Formação do Movimento dos Sem-Terra (MST), Kelli Mafort, organiza oficinas de leitura com obras como O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro, ou Reforma ou Revolução, de Rosa Luxemburgo. Na periferia da cidade, o estudante João Paulo Machado, de 12 anos, assíduo freqüentador da biblioteca do Centro Social Marista, entusiasmou-se tanto com os livros que escreveu sua aventura literária: Joaquim Sobrevivente da 4ª. Batalha.
Dois anos depois de entrar em vigor, um projeto desenvolvido pela prefeitura de Ribeirão Preto, no interior, conseguiu um feito e tanto até agora: multiplicar de 3 para 56 o número de bibliotecas públicas na cidade. Até o Natal, serão 60.
A maioria (33) funciona em espaços oferecidos pela comunidade - espaços tão díspares como um salão da igreja evangélica e o centro dos sem-terra. Outras 27 estão em escolas municipais e 6 nas Bases de Apoio Comunitário. A meta é chegar a 80 unidades até 2004. A experiência inspirou uma parceria do Ministério da Cultura com a iniciativa privada que desenvolveu um projeto semelhante e vai beneficiar municípios pobres de São Paulo e Minas já em 2004 (leia nesta página).
Cada biblioteca de Ribeirão tem em média entre 2 mil e 3 mil livros. Um acervo pequeno, que em pouco tempo, porém, foi capaz de mudar o padrão de leitura dos moradores. Segundo pesquisa feita pela Câmara Brasileira de Livros (CBL), a média de leitura anual por habitante na cidade era semelhante ao índice nacional: 1,7 livro. Hoje essa marca é de 3.
Segundo a Secretaria de Cultura da cidade, mais de 100 mil pessoas já retiraram livros nas novas bibliotecas desde 2001. A cidade tem 500 mil habitantes. "Ribeirão tem uma força econômica muito grande, mas ficava atrás no que dizia respeito a bibliotecas públicas", diz o secretário Galeno Amorim. "Tinha só uma uma biblioteca municipal e outras duas mantidas por fundações."
Pais analfabetos - Aluno da 6ª. série de uma escola estadual, João Paulo é um dos muitos estudantes da rede pública que freqüentam o centro dos maristas, onde a prefeitura ajudou a ampliar a biblioteca recentemente. "Pego mais livros antigos, de guerra," diz ele, que costuma visitar a biblioteca com o colega e também leitor inveterado Smaily da Silva, de 14 anos "Antes eu não gostava de escrever. Só ficava na rua bagunçando. Mas um dia eu falei 'por que também não faço uma história?"
Leia a matéria na íntegra em:

http://txt.estado.com.br/editorias/2003/12/07/ger014.html

O Estado de São Paulo

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