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Educação para o dar e o receber


Publicado pelo caderno Equilíbrio na Folha de S.Paulo 04/12/2003

Crianças e adolescentes são quase sempre os primeiros a ser lembrados, os primeiros a abrir os pacotes e, no caso dos adolescentes, são considerados os mais difíceis de agradar. Também são os mais atentos para entender e assimilar os significados de dar e receber.

A forma com que a criança recebe os presentes espelha a atitude que vê nos adultos à sua volta, diz o psiquiatra Francisco Assumpção Jr., da USP. Pais que reclamam de filhos muito consumistas, por exemplo, são loucos por grifes, valorizando só o que é caro.

Rosely Sayão, psicóloga e colunista da Folha, alerta: "Os pais precisam valorizar o vínculo, não o bem em si". Ela observa que muitos presentes viraram só uma encomenda: os filhos fazem a lista do que querem, e os pais entregam na data marcada. Os significados afetivos vão por água abaixo.

Transformar o presente em mercadoria de troca também "acaba com a relação, com o presente, com a moral dos pais, acaba com tudo", diz Suely Gervetz. "Poder dar algo é da ordem do afetivo, do prazer." E poder receber faz parte do processo educativo.

Adultos e crianças aprendem quando descobrem ter dado ou recebido algo que não faz sentido. "Esse tipo de desapontamento acontece, mesmo que os pais tenham se preocupado em dar algo significativo. Aí é preciso conversar para aprender a conhecer o filho e entender seus gostos. Ou para explicar que o que ele quer não está dentro das possibilidades daquele momento", diz Sayão.

O problema mesmo é quando o filho demonstra o desapontamento de forma mais dura. Muitos adolescentes fazem questão de mostrar o desagrado. "Não há obrigação de aceitar de bom grado. Ele pode manifestar seu sentimento, mas de maneira cuidadosa", diz Sayão. Quando a manifestação é agressiva, merece uma resposta à altura.

"Não é preciso tratar a ferro e fogo, mas mostrar à criança que é preciso acertar o tom para não magoar o outro." O mesmo cuidado os adultos devem ter: se eles próprios demonstram descaso em suas atitudes, nenhum discurso de "boas maneiras" vai surtir efeito.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0412200312.htm

Folha de São Paulo

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