Publicado pelo site Jornal da Ciência 10/12/2003

A educação indígena foi um dos principais temas debatidos durante o V Fórum Brasil de Educação, promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 2/12

Com o painel Educação, Cidadania e Diversidade: a ótica dos povos indígenas, os professores indígenas de Mato Grosso, Roraima e do Amazonas fizeram um relato detalhado da situação em suas localidades.

O professor Josimar Xawapare'ymi Tapirapé, que leciona na Escola Estadual Indígena Tapi'itãwa, no município de Confresa, Mato Grosso, apresentou seu trabalho premiado no concurso Professor Nota 10, promovido pela revista Nova Escola.

Sua iniciativa, que resgata e preserva os valores culturais e étnicos do povo Tapirapé, concorreu com 4.027 trabalhos inscritos na versão 2003 do concurso. O professor Josimar criou, com seus alunos e a comunidade, 30 novas palavras na língua Tapirapé. Entre elas estão paraxi (lápis), kojapa'axiga (bola) e tatoyãra (trator).

Gersen Baniwa, coordenador técnico do Programa Demonstrativo dos Povos Indígenas do Amazonas, fez uma análise crítica do desenvolvimento da educação escolar indígena brasileira.

Ele reconheceu os avanços na legislação a partir da Constituição Federal de 1988, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de resoluções e pareceres, mas criticou a distância em que se encontra a educação escolar indígena dos marcos legais.

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=14816

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