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TV brasileira faz mal a jovens e crianças


Publicado pela Agência Carta Maior 14/12/2003

Neste domingo (14), o mundo comemorou o Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV. Para debater a relação da criança e do adolescente com a mídia brasileira, aconteceu esta semana, em São Paulo, o Seminário Internacional TVQ – TV de Qualidade. Durante três dias, especialistas brasileiros e estrangeiros das áreas de Educação e Comunicação analisaram de que maneira as diferentes vertentes da mídia vêm tratando o chamado público infanto-juvenil. E apontaram caminhos para um conteúdo de qualidade daquele que é, para 99% das crianças entre 6 e 11 anos, o principal veículo de entretenimento.
A televisão está presente em 89% dos lares brasileiros, e o público infanto-juvenil passa, em média, três horas e meia diante da telinha todos os dias. As crianças têm acesso cada vez mais cedo ao controle remoto e à escolha da programação a ser assistida. E a grande maioria delas o faz sem a orientação dos pais. “A TV aberta é o educador hegemônico da sociedade brasileira. É a única janela dessa população para o mundo”, acredita Laurindo Leal Filho, professor de Comunicação Social da Universidade de São Paulo.
Para os participantes do seminário, este é um grande problema a ser enfrentado na formação das crianças e adolescentes. Esta é uma idade onde se está aberto para todos os tipos de informação. E ser bombardeado sem o mínimo de orientação pode ser muito prejudicial. “A criança é muito preparada para receber e falar com todos sem preconceitos. Por isso, precisamos ter um cuidado dobrado”, explica Beth Carmona, presidente da TVE e do Midiativa, Centro de Mídia para Crianças e Adolescentes.
A principal razão de tamanho zelo é a baixa oferta de programação infanto-juvenil na TV brasileira. A TV paga, apesar de oferecer diversos canais infantis, ainda é acessível a poucos. E, na ausência de opções do gênero na TV aberta, é inevitável que a audiência infanto-juvenil migre para os programas adultos. Segundo dados do Ibope, telenovelas, noticiários, programas de auditório e até reality shows estão entre os preferidos na faixa etária entre 4 e 17 anos.
“Mais de 50% das crianças até 11 anos assistem à TV entre 18h e 21h e 40% até às 23h”, diz Ana Helena Reis, diretora da Multifocus, empresa de pesquisa de mercado especializada no estudo do comportamento da audiência infanto-juvenil. “Dos dez programas de maior audiência entre este público, oito são considerados para adultos”, completa.
Ao mesmo tempo, várias pesquisas já mostraram que as crianças preferem uma programação feita só para elas às demais atrações. Um estudo feito com 1.500 crianças das classes A, B e C nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba mostrou que, dos 50 preferidos entre crianças de 6 e 11 anos, 40 são infanto-juvenis. Se as crianças de todas as classes tivessem alternativa, estariam assistindo a uma programação recomendada para a sua faixa etária.
Numa pesquisa feita pela Multifocus com pais de crianças entre 4 e 17 anos, a maioria considera que a exposição das crianças aos programas adultos dos canais abertos causa distorções indesejadas. Uma delas é a substituição do sonho infantil pela ilusão adulta de riqueza e sucesso, o que privaria a criança do “mundo do faz-de-conta”. Os pais também apontam como problema, além da imposição da ditadura do consumo, a banalização do sexo e da violência e a negação aos valores éticos.
Veja a matéria na íntegra em:

http://agenciacartamaior.uol.com.br/agencia.asp?id=1174&coluna=reportagens

Agência Carta Maior

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