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Provão: em 58% dos cursos, nota abaixo da média


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 16/12/2003

Nenhum dos cursos universitários avaliados neste ano pelo Exame Nacional de Cursos, o Provão, teve nota média acima de 80 pontos - numa escala que vai até 100. Dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep-MEC) mostram que, na maioria dos cursos (58,2%), a nota média dos estudantes ficou muito abaixo dessa marca, girando em torno de 20 e 40 pontos. É a primeira vez que o governo divulga as notas absolutas. Desde a criação do exame em 1997, o MEC apresentava os resultados pelos conceitos de A a E.
Segundo o presidente do Inep, Luiz Araújo, a idéia não é substituir o conceito por letras pela escala de notas absolutas, mas mostrar que, na visão do atual equipe do MEC, o critério criado durante a gestão do ex-ministro Paulo Renato Souza é insuficiente para avaliar a qualidade dos cursos e inadequado para orientar políticas públicas. A partir do ano que vem, um novo critério entrará em vigor. O Índice de Desenvolvimento do Ensino Superior (Ides) fará a avaliação do aluno, do professor, da infra-estrutura da instituição e do seu grau de responsabilidade social.
"Quando tiver o Ides, essa fotografia estará mais próxima da realidade", afirmou Araújo na sede do instituto, em Brasília.
O novo modelo agrada a entidades que representam instituições de ensino superior, especialmente as particulares, que julgam que o Provão não mede com precisão seus esforços em melhorar a qualidade dos cursos. "Durante anos, vocês enxergaram A como se fosse excelência", disse Araújo. Pelo critério adotado até então, acrescentou, se a média de notas de um curso for 30, quem tira 40 pode ter um A, o que não significa exatamente excelência.
O documento elaborado pelo Inep aponta que os resultados do Provão não permitem sequer uma comparação fiel de desempenho do curso de um ano para outro.
Em 2002, por exemplo, o A no curso de Engenharia Civil equivalia a 33,7 pontos. Neste ano, a 50. "Com isso o A de um ano equivale ao C do ano seguinte", aponta o documento. Para o Inep, essas variações são "distorções" da metodologia.
É por isso que o MEC - também pela primeira vez - não montou um ranking dos cursos, mas os organizou por ordem alfabética. As cinco áreas de conhecimento com o maior porcentual de conceitos A e B, são Odontologia, Jornalismo, Agronomia, Medicina e Engenharia Civil.
Ex-presidente do Inep e uma das idealizadoras do Provão, Maria Helena Guimarães da Costa entende que a avaliação feita pelo governo petista tem "claramente a intenção de desqualificar e minimizar o papel do Provão". Maria Helena considerou o teor do documento "politizado".
Segundo ela, a adoção do conceito de letras servia para que a sociedade pudesse comparar o desempenho do curso oferecido por uma instituição com o desempenho médio nacional. "Não achávamos que tinha relevância divulgar as notas dessa forma (usada pela atual equipe)."
Neste ano, 5.897 cursos de 26 áreas de conhecimento foram avaliados. Ao todo, 423.946 formandos participaram do Provão, realizado em julho. Segundo o secretário do Ensino Superior, Carlos Antunes, o Provão avalia menos da metade do cursos. "Não é essa avaliação que o MEC quer".

http://txt.estado.com.br/editorias/2003/12/16/ger014.html

O Estado de São Paulo

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