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Religião para crianças


Publicado no caderno Sinapse, da Folha de S.Paulo 16/12/2003

Será que Deus existe? Foi Ele quem criou o céu e a terra? Onde e como nasceu Jesus Cristo? Quem foi Abraão? Sobre o que fala o Mahabharatha? Quais são os princípios do budismo? Essas e várias outras questões relacionadas ao cristianismo, ao judaísmo, ao hinduísmo, ao budismo e a outras religiões vêm sendo esclarecidas —ainda que geralmente de forma parcial— por uma série de livros infanto-juvenis que muitas vezes também ajudam os adultos a entender temas com freqüência complexos.

Os autores se propõem a oferecer explicações claras, em linguagem simplificada, sobre esse elemento essencial da experiência humana, que facilita a compreensão de questões existenciais, processos históricos, obras de arte, hábitos alimentares, códigos de vestimenta etc.

"Fiquei surpreso. Quando minha filha Marie completou 13 anos, dei-me conta de que ela não havia recebido uma educação religiosa... Marie cresceu, então, sem pertencer a uma religião, como muitas crianças de sua geração. Mas nós não imaginamos as consequências: as referências que lhe faltavam me surpreenderam. A Bíblia, a própria idéia de Deus, a significação do sagrado, por exemplo, nada disso lhe era familiar. As semelhanças e as diferenças mais fundamentais entre judeus, cristãos e muçulmanos não estavam claras em sua cabeça... A unidade das religiões e sua diversidade nunca lhe tinham sido explicadas por ninguém", explica o autor de "As Religiões Explicadas à Minha Filha" (Via Lettera Editora, 80 págs., R$ 18,50), o professor de filosofia Roger-Pol Droit. A obra, em forma de diálogo, traz perguntas como "Quantas religiões há?", "Sempre houve religiões?" e "Ainda podemos ver religiões que nascem?". As respostas apostam na simplicidade e nas analogias, mas evitam a simplificação excessiva.

Em outro livro semelhante, "Deus Explicado aos Meus Netos" (Via Lettera Editora, 80 págs., R$ 20), o jornalista Jacques Duquesne (mais conhecido pela obra "Jesus", com sua visão menos convencional e por vezes polêmica de Jesus Cristo) tenta explicar ao público infantil conceitos como mito, rito, criação e morte.

Quando seus netos lhe questionam sobre a existência de Deus e dizem que, "se alguém existe, esse alguém pode ser encontrado", o autor concorda com ele e diz que "a gente pode encontrar Deus. Não para lhe apertar a mão ou cumprimentá-lo, dizendo: 'Olá. Como vai? Tudo certo?'. Não desse jeito... Voltarei a isso mais tarde". O problema, nesse livro, no entanto, é justamente a repetição desta última frase, com pequenas variações ("mais tarde, a gente fala sobre isso", "isso fica para mais tarde" etc.), o que cria a impressão de debates infindáveis.

"As pessoas acham que as crianças são diferentes, consideram as crianças inferiores aos adultos. Acham que elas são estúpidas. Um bom livro infantil deve conter uma série de histórias, personagens e ilustrações. E as ilustrações não precisam ser exatamente iguais ao texto... E as personagens dos livros infantis não deveriam ser nem ruins nem boas. As histórias devem estar vinculadas ao contexto em que se vive, mas as crianças também gostam de histórias sobre terras longínquas", afirma a escritora e ilustradora indiana Samhita Arni, autora da recém-lançada versão para crianças do Mahabharatha.

Há várias opções de edições simplificadas dos principais livros ou histórias sagradas das religiões. O livro "Bíblia para Crianças" (Martins Fontes, 262 págs., R$ 32) desvela a origem da palavra Bíblia (de "biblos", termo grego para papiro e nome da cidade responsável por sua difusão, que atualmente se encontra no Líbano), suas divisões e os livros que a compõem, com explicitações como "o livro do Gênesis, isto é, origens (do mundo)".

Essa obra, que às vezes utiliza termos ou estruturas frasais desnecessariamente complicadas, privilegia o Evangelho segundo Lucas e apresenta uma seleção mais concisa dos Evangelhos segundo Mateus, Marcos e João. Ao final, traz um pequeno léxico bíblico e um índice das passagens bíblicas.
Leia a matéria na íntegra em:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u692.shtml

Folha de São Paulo

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