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Governo dará livros para recém-alfabetizado


Publicado pelo jornal Folha de S.Paulo 22/12/2003

O Ministério da Educação informa que terá duas iniciativas principais para garantir que os recém-alfabetizados no programa Brasil Alfabetizado, que se propõe a erradicar o analfabetismo em quatro anos, não voltem a engrossar as estatísticas de analfabetos no futuro. Segundo os cálculos do governo, 3 milhões de brasileiros foram alfabetizados neste ano.

O primeiro programa é a distribuição de livros pelo Projeto Leituração, cujo objetivo é estimular o hábito de leitura entre os recém-alfabetizados. O segundo, mais complexo, é a garantia de que os que concluíram cursos de alfabetização continuem estudando.

"É líquido e certo que não podemos considerar seis meses de alfabetização [tempo médio dos cursos do Brasil Alfabetizado] como suficientes para resolver definitivamente o problema. Nós não arredaremos o pé para garantir que todo recém-alfabetizado tenha continuidade nos estudos", afirmou o secretário extraordinário de erradicação do analfabetismo do ministério, João Luiz Homem de Carvalho.

Segundo ele, no entanto, como é impossível obrigar todos os recém-alfabetizados a continuarem estudando, o ministério pretende estimular o hábito da leitura entre aqueles que não demonstrarem interesse em continuar seus estudos em sala de aula.

O secretário estima que 40% dos recém-alfabetizados não vão querer prosseguir nos estudos. Segundo Carvalho, eles serão justamente o principal alvo do Projeto Leituração.

Por meio do projeto, o governo vai distribuir aos recém-alfabetizados livros em versões mais simples. Os três primeiros exemplares da coleção são "Escrava Isaura", de Bernardo Guimarães, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto, e "Garibaldi e Manuela: uma História de Amor", de Josué Guimarães.

Para incentivar os recém-alfabetizados a ler, o governo está formando carteiros dos Correios --que entregarão os livros-- para servirem como agentes incentivadores da leitura.

Carvalho disse que o governo pretende, até o fim do mandato do presidente Lula, em 2006, criar 100 mil bibliotecas domiciliares, que funcionarão em casas de família de baixa renda, para atender toda a comunidade.

O secretário reconhece, no entanto, que o principal desafio a ser enfrentado nos próximos anos é garantir a continuidade dos estudos dos que se alfabetizaram no Brasil Alfabetizado. "O poder público terá que se preparar para absorver esse pessoal. Estamos acelerando na retaguarda e criando um problemão gostoso de resolver", afirmou.

Ele aponta como item importante para resolver o problema da demanda que poderá ser criada a aprovação do Fundeb, que tem como objetivo redistribuir recursos de todo o ensino básico (da educação infantil à educação de jovens e adultos) de modo a garantir um gasto mínimo por aluno em todos os Estados.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u14648.shtml

Folha de São Paulo

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