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TV Digital chega ao país para uso na educação


Publicado pela Revista Aprender 22/12/2003

Que tal uma televisão que armazena sete dias de programação, permite gravar programas em CD e se conecta à emissora pela rede telefônica, permitindo ao espectador mandar sugestões e participar de cursos à distância? A TV do futuro já chegou ao Brasil, mas, por enquanto, só para fins educacionais.

Enquanto o Ministério das Comunicações estuda como a TV digital poderia se tornar interativa, o da Educação já desenvolveu uma solução, ainda que para uma tecnologia diferente de transmissão. No lugar da TV aberta, trabalhada pelas Comunicações, a TV digital da Educação funciona por satélite. Cada sistema tem suas particularidades, mas muita coisa do projeto da Educação poderia ser aproveitada na TV de transmissão terrestre.

Desenvolvido em parceria com o Mackenzie, o programa TV Escola Interativa foi lançado pelo ministro da Educação, Cristovam Buarque, em Brasília. A primeira etapa do projeto inclui 18 escolas públicas do ensino básico e sete núcleos de tecnologia educacional em sete Estados. Até o fim de 2004, serão 20 mil escolas. "É o primeiro sistema do mundo de TV interativa para ensino a distância", afirma o diretor do TV Escola, Jean-Claude Frajmund.

Nos Estados Unidos e na Europa, não existem dificuldades para acessar a Internet e os programas de ensino a distância são feitos via computador. Ao lado de Frajmund, os responsáveis pelo projeto são Alberto Blumenschein, coordenador do TV Escola, o consultor Luiz Algarra e o professor Gunnar Bedicks, do Mackenzie.

O computador, neste caso, não está excluído. A mesma antena usada para a TV receberá software para os micros do programa Proinfo, do Ministério da Educação. O próprio receptor da TV Escola Interativa foi montado com peças comuns de computador. No lugar do teclado, o dispositivo é comandado por controle remoto. Uma das poucas diferenças em relação a um controle comum é a tecla de gravar CD.

O chamado middleware, software da TV interativa, tão discutido no projeto das Comunicações, foi desenvolvido pela equipe do TV Escola usando o Mozilla, navegador de internet de código aberto e a linguagem HTML 4.0, usada na Internet. Ou seja, sistemas abertos e gratuitos. "O paradigma do middleware proprietário está quebrado", diz Bedicks.

Para Algarra, o projeto começa a abrir a "caixa preta" dos sistemas de TV digital. Ele destaca que o OpenTV, uma das principais soluções internacionais de software para TV digital, é desenvolvido em JavaScript, linguagem usada na internet.

A Secretaria de Educação a Distância pediu o registro dos direitos autorais do sistema. Se alguma empresa quiser usá-lo para fins comerciais, o governo cobrará royalties. O receptor da TV Escola usa o conceito de gravador digital de vídeo (Personal Video Recorder, PVR). No Brasil, só a Sky, empresa de TV por assinatura via satélite, tem sistema próximo. O PVR é sucesso nos Estados Unidos.

O sinal da TV Escola Interativa é transmitido a partir da Universidade Mackenzie, em São Paulo, onde ficam os servidores de vídeo. A compressão de sinal trazida pela digitalização permite solução no mínimo curiosa, contra-intuitiva para o espectador de televisão. Trata-se da TV off-line, ou assíncrona. O Mackenzie testou e conseguiu transmitir uma semana de programação da TV Escola em apenas quatro horas. Ou seja, é possível receber e armazenar um programa de TV num período bem mais curto que sua duração. O recurso não foi adotado pelo governo nesta primeira fase.

http://www.clippingexpress.com.br/noticia.php?codigo_noticia=7539852&codigo_empresa=271&codigo_pasta=0&status=intranet

Revista Aprender

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