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A revitalização do centro de São Paulo


Publicado pela revista Problemas Brasileiros jan/fev 2004

São Paulo comemora seu 450º aniversário em obras. Nenhuma novidade, pode-se dizer, pois esse é o estado permanente da metrópole paulistana. No entanto, alguns dos tapumes e andaimes são especiais. Eles encobrem presentes que homenagearão a história da cidade da melhor maneira possível: projetando-a para o futuro. Dentro do movimento de revalorização do centro da cidade, iniciado há alguns anos, estão sendo recuperados edifícios importantes do patrimônio histórico, como o Mercado Municipal, a Estação da Luz e a Biblioteca Mário de Andrade. A seguir, os autores desses projetos – Paulo Mendes da Rocha, Pedro Paulo Saraiva e Fábio Penteado – comentam os desafios da metrópole. Nessa empreitada, são acompanhados pelos jovens arquitetos Marcelo Morettin e Vinicius Andrade, responsáveis pelas obras de revitalização da também histórica Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e mostram a cara da geração que comandará as próximas transformações da megalópole.
Faz parte do ofício de arquitetos e urbanistas procurar antever as mudanças da cidade. Por isso, observar os movimentos desses profissionais pode ser revelador sobre o que eles estão enxergando. Pois bem: dos cinco arquitetos entrevistados nesta reportagem, três trabalham atualmente na região central de São Paulo: Fábio Penteado, Paulo Mendes da Rocha e Pedro Paulo Saraiva. E os outros dois, os jovens Marcelo Morettin e Vinicius Andrade, querem mudar o escritório que mantêm em sociedade para lá, onde já estão morando.
Abandonado à própria sorte durante décadas, o berço da cidade volta a despertar o vivo interesse dos formadores de opinião, do poder público e do mercado imobiliário, que realiza diversos empreendimentos na região. \"Se eu fosse um grande investidor, como George Soros, compraria o bairro de Santa Cecília inteiro\", diz Morettin, apostando na valorização dos imóveis do local, hoje relativamente baratos devido à degradação a que ainda estão associados.
Pode-se com toda a razão desconfiar da representatividade da amostra. Mas supondo que os arquitetos estejam realmente sinalizando que aquela área tem um futuro interessante, ainda resta uma pergunta importante: por quê?
O centro da capital continua a ser considerado por boa parte dos paulistanos um lugar violento, sujo e dominado por vendedores ambulantes, moradores de rua e outros personagens que causam arrepios na classe média. Afinal, há muitos anos esses têm sido os aspectos mais ressaltados da realidade da região.
No entanto, a imagem repulsiva agora parece estar sendo aos poucos substituída por outra, de lugar charmoso, vibrante e extremamente prático. \"Lá estão todos os equipamentos da cidade\", observa Morettin, utilizando um jargão que abrange várias das vantagens do centro, como transporte coletivo farto e poderosa infra-estrutura de energia e comunicações. Muitos arquitetos e urbanistas sustentam que é um desperdício um local como esse ser utilizado praticamente só durante o horário comercial, como ocorre atualmente. Para eles, é preciso que mais gente more naquela região. E isso já estaria começando a acontecer. Andrade e Morettin, autores do projeto de ampliação e modernização da Faculdade de Medicina da USP (ver texto abaixo), têm visto jovens como eles entusiasmados com os encantos da região central.
Impulso
A tendência de ver o centro com outros olhos pode ter vários motivos, mas é inegável o impulso dos primeiros projetos de revitalização de bens do patrimônio histórico da cidade. Um deles envolveu a Estação Júlio Prestes, projetada nos anos 1920 por Cristiano Stockler das Neves. A partir de uma iniciativa da atuante ONG Viva o Centro, a antiga estação da Estrada de Ferro Sorocabana passou a abrigar a celebradíssima Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e um dos pontos obrigatórios do circuito dos concertos internacionais.
Veja a íntegra em:

http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=175&Artigo_ID=2625

Problemas Brasileiros

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