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Sobram vagas nas faculdades de educação


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 07/01/2004

Mais da metade das vagas que deixam de ser preenchidas nas universidades públicas é da área de Educação. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) analisou dados do Censo do Ensino Superior 2002 e constatou que entre as 12.506 vagas que sobraram no vestibular 6.641 eram de cursos ligados à formação de professores.
As universidades particulares também não efetivaram matrículas de 98.138 vagas oferecidas para cursos de pedagogia e algumas licenciaturas. Nelas, porém, o maior número de vagas não preenchidas é nas áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito: 216.236. O total de vagas ociosas das públicas e particulares foi de 495.013.
O diretor de Tratamento e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Marcelino de Rezende Pinto, atribui à baixa remuneração dos professores a principal causa de vagas ociosas na área de educação nas universidades públicas. Segundo dados do IBGE, a média salarial de um professor do nível médio é de R$ 866 por mês, enquanto um policial civil ganha R$ 1.510,00 e um médico, R$ 3 mil. Outro problema, segundo Pinto, é a grande oferta de vagas para cursos na área de Educação. Só em licenciaturas foram oferecidas 154 mil vagas na rede pública, ante 12.200 para Direito e 5.600 para Medicina.
Quem está na sala de aula sente o desinteresse dos jovens pela carreira de professor. "É um trabalho desgastante, com salários baixo e sem perspectivas", diz o professor da rede estadual Ruy Carlos Rodrigues Penha, de 52 anos. "Essa situação é percebida pela sociedade. De certa forma, quem está na rede influencia os jovens que poderiam querer ser professores. Vendo essa falta de perspectivas, eles desistem."
Segundo o diretor do Inep, há ainda outro fator em jogo: a concentração de vagas em regiões que não necessitam tanto de cursos de formação de professores. "O grosso das vagas de licenciatura está na capital, enquanto os potenciais candidatos vivem no interior", diz Pinto. Já a ociosidade no setor privado, avalia o diretor, é resultado do excesso de vagas e do baixo poder aquisitivo da população. Em 2002, as universidades particulares ofereceram 367 mil vagas para licenciatura. Segundo o diretor, os alunos em condições de pagar mensalidade já estão estudando e não há possibilidade de expansão. "Bateu o limite."
Levantamento divulgado pelo próprio Inep em 2003 apontou que o Brasil já sofre com a falta de docentes na rede pública. Seriam necessários mais de 250 mil professores para atender às turmas de 5ª. à 8ª. séries do ensino fundamental e também no ensino médio. As disciplinas com maior carência de docentes são Física e Química.

http://txt.estado.com.br/editorias/2004/01/07/ger015.html

O Estado de S.Paulo

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