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Gasto com Internet ultrapassa arroz e feijão


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 09/01/2004

O brasileiro já destina uma fatia maior do orçamento para gastos com Internet e TV e a cabo do que para a compra do tradicional feijão com arroz. A queda na renda, o aumento das tarifas acima da inflação e a oferta de novos serviços alteraram a composição do orçamento familiar.
Avançou, também, o peso dos preços administrados (tarifas). E caiu a parcela das despesas com saúde e compra de veículos, conforme a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A POF servirá de base para a nova ponderação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela entidade. Apesar da variação marcante em alguns sub itens, o peso dos sete grupos do IPC - alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação, transporte e diversas - não se modificou significativamente e a nova ponderação não alterará a tendência de queda da inflação no varejo.
Os gastos com tarifas avançaram por causa dos fortes reajustes de preços no período, como eletricidade (136,01%), gás de bujão (220,62%) e telefone residencial (75,35%). Com isso, o peso de oito serviços públicos residenciais avançou 26%. Na POF de 1999/2000 era de 10,9% e na de 2002/2003, divulgada ontem, passou para 13,8% do orçamento familiar.
Na mesma comparação, os gastos com serviços diversos, que inclui internet e TV por assinatura, quase triplicou, de 0,6% para 1,69%. A cada R$ 100,00 do orçamento, R$ 1,47 vão para os dois serviços, enquanto apenas R$ 1,30 para a compra de arroz e do feijão. Segundo a FGV, este avanço representou uma diversificação na pauta de consumo, resultado do aumento da oferta deste tipo de serviço.
A casa da decoradora Regina Maria Braga Ribeiro, de 54 anos, é um bom exemplo da tendência que vigorou nos últimos anos. No período, a família chegou a ter três pontos de TV por assinatura e dois computadores com acesso à internet, com linhas telefônicas distintas. O amplo acesso a novos serviços, entretanto, não resistiu à crise de 2003 e no segundo semestre os gastos em serviços, depois de crescerem muito, foram racionalizados.
\"Reduzimos, mas não cortamos, porque estes serviços já fazem parte da nossa vida. Não consigo me ver hoje sem TV a cabo\", diz ela.
A queda na renda dos trabalhadores brasileiros foi responsável pelo tombo na participação dos gastos com a compra de veículos novos e usados no orçamento: representavam 2,5% na pesquisa anterior e despencaram para 0,6%, na atual. Outros gastos com veículos, como manutenção e reparos, minguaram de 1,6% para 1,1%. Gastos com tratamentos médicos, planos de saúde e remédios encolheu de 7,7% para 5,7%.
Por grupos, a divisão de gastos no orçamento é a seguinte: alimentação 27,5%; habitação 31,8%, vestuário 5,4%, saúde 10,4%, educação 8,7%, transporte 11,7% e despesas diversas 4,5%. Na alimentação, houve um aumento de peso (2,3 pontos), resultado do aumento de preços em 2003, que ampliou o valor dos gastos.
A consolidação de novos hábitos aumentou o consumo e o peso dos gastos de alguns produtos, que passarão a ser incluídos na pesquisa de preços da FGV.
Este é o caso de itens como transporte de vans, aparelhos de DVD, alimentos light, Gás Natural Veicular (GNV), que integrarão a lista de 476 sub itens cujos preços serão coletados para o IPC da FGV.
Entram também frutas cujo consumo tem aumentado, como acerola, cupuaçu e kiwi e produtos como moderadores de apetite. No caminho contrário, deixam a lista aparelhos de fax, de videocassete, lavadora multiuso a vapor, linha telefônica, aplicação de sinteco, sabão em pasta.

http://txt.estado.com.br/editorias/2004/01/09/eco033.html

O Estado de S.Paulo

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