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Na hemodiálise, hora de aprender a ler


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 10/01/2004

A bolsa que a aposentada Arminda Santana dos Santos, de 59 anos, leva três vezes por semana à Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, onde participa de sessões de hemodiálise, desde novembro traz cadernos e lápis. Arminda é uma das pacientes que têm tido o privilégio de ser alfabetizadas, enquanto o sangue é depurado.
Ela foi uma das seis primeiras a aderir à proposta apresentada em outubro pela Associação dos Amigos do Rim, fundada há dois anos. O programa de é feito em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, com ajuda de voluntários.
Arminda não se queixa da doença adquirida há um ano e três meses. Afinal, ela ajudou a realizar o sonho de criança. Nascida no interior do Paraná, começou a trabalhar cedo. Há 37 anos, chegou a Curitiba, onde trabalhava como diarista. Sempre quis aprender. "Fico olhando as placas e pensando: o que diz lá?" Com poucas aulas, já conhece as letras.
"Em casa e faço logo os exercícios", diz. Viúva, conta com o auxílio dos quatro filhos.
As aulas - em média, uma hora e meia das quatro de hemodiálise - levantaram o ânimo da paciente. A assistente social Sandra Mara Gavloski, de 22 anos, acompanha Arminda desde que ela chegou à Santa Casa. "Ela chegava quietinha.
Agora, cumprimenta todo mundo."
"Antes, os ponteiros do relógio não andavam. A cadeira incomodava, a pressão baixava e eu acabava ficando mais doente", diz Arminda. Ela já pensa em refazer os documentos em que aparece como analfabeta.
Atualmente, seis pacientes são alfabetizados por seis voluntários, treinados pela secretaria, que também fornece o material didático. "Era um sonho antigo, que conseguimos concretizar", diz presidente da Associação dos Amigos do Rim, Marilene Teixeira Motter.
Pesquisa feita com 120 pacientes carentes da Santa Casa mostrou que 18% são analfabetos e 54% não completaram o ensino fundamental.

http://txt.estado.com.br/editorias/2004/01/10/ger010.html

O Estado de São Paulo

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