Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 12/01/2004

Você sabe o que o seu filho anda vendo na internet? Segundo uma pesquisa feita pelo Módulo Education Center (MEC), unidade de educação da empresa de segurança Módulo Security, apenas 46,15% dos pais sabem que tipo de coisa os filhos baixam na rede mundial.
"Os pais geralmente só se preocupam com sites pornográficos, mas é importante ressaltar que muitos adolescentes usam as salas de bate-papo e podem passar dados pessoais, com endereço e informações que revelam o nível financeiro da família", comenta a psicóloga Juliana Fernandes Dias.
A profissional aconselha que o pai converse bastante e oriente seu filho sobre os perigos que isso pode trazer. "A gente nunca sabe exatamente com quem está conversando do outro lado. Há muitos casos de meninas que se apaixonam por algum rapaz na internet e marcam um encontro escondido dos pais. Já tivemos registros de estupradores que usam a web para encontrar vítimas."
A pesquisa foi realizada nas cidades de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, entre julho e setembro de 2003 e entrevistou pais de adolescentes entre 10 e 14 anos. O estudo serve também como parâmetro para psicólogos, instituições de ensino e pais, demonstrando que a segurança da informação deixou de ser uma questão tecnólogica ou ligada a negócios.
"Hoje a segurança é também uma questão familiar e social", ressalta a pedagoga Zilta Marinho, diretora do Módulo Education Center, que realizou a pesquisa. Há alguns anos, a preocupação era por onde andam as crianças. "Se estivessem fora de casa poderia ser perigoso. Hoje, se estiverem no quarto silenciosamente, pesquisando na internet, não há por que se preocupar?", questiona Zilta. Pelo contrário, "seu filho pode estar sendo assediado para seqüestros ou pedofilia, por exemplo.
Sem saber o tipo de informação que pode ser acessada, alguns pais acreditam que seus filhos tenham o cuidado necessário na troca de informações com quem está do outro lado da tela. Mas será que isso é verdade?
Na pesquisa, 50% dos pais não sabem se seus filhos já foram assediados por meio da rede ou se mantém a segurança das informações da família. "Muitas vezes, do outro lado da tela, quem se diz um adolescente é um adulto que sabe mentir, enganar e conseguir as informações que precisa. Pode ser um pedófilo, um fraudador em busca de números de cartões de crédito ou alguém que quer simplesmente assustar", complementa Zilta.
Leia a matéria na íntegra em:

http://txt.estado.com.br/suplementos/info/2004/01/12/info031.html

O Estado de São Paulo

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